Páginas

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Surreal: estudo sobre uso profilático de antiviral em mulheres "voluntárias" na África

Estudo com mulheres na África envolvendo profilaxia pré-exposição vai ser interrompido

A profilaxia pré-exposição (PrEP) é um potencial método de prevenção antes de uma possível exposição ao vírus da aids, utilizando doses diárias de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de infecção.

Segundo análise preliminar do estudo, as mulheres negativas têm a mesma probabilidade de contrair o HIV como as outras que tomaram comprimidos placebos.

A Family Health International, uma organização sem fins lucrativos e voltada para a área de pesquisas contra a aids, anunciou os novos resultados nesta segunda-feira. O grupo lançou o estudo (FEM-PrEP) há dois anos e se inscreveram cerca de 2 mil mulheres do Quênia, da Tanzânia e da África do Sul. Desde a semana passada, 56 novas infecções pelo HIV ocorreram, metade em cada grupo.

Não foram detectados problemas de segurança com Truvada. No entanto, as mulheres que o ingeriram tiveram maior probabilidade de engravidar do que aquelas com placebo.

"É surpreendente encontrar resultados como estes e que não podemos explicar ainda", disse o especialista Timothy Mastro da Family Health International sobre os efeitos de Truvada nas mulheres que usam contraceptivos hormonais.

Em um comunicado, a organização disse que seria prematuro concluir que a profilaxia pré-exposição não funciona nesta população de estudo, e que mais análises serão necessárias para determinar o efeito do Truvada em mulheres.

O estudo foi patrocinado pela Agência Internacional de Desenvolvimento os Estados Unidos e pela Fundação Bill & Melinda Gates.

Em Novembro do ano passado, uma pesquisa chamada iPrEx foi publicado na revista New England Journal of Medicine, mostrando que homens que fazem sexo com homens reduziram em 43,8% as chances de se infectarem pelo HIV ao tomarem um comprimido por dia do mesmo medicamento, o Truvada.

Em Julho de 2010, os resultados do ensaio 004 CAPRISA mostrou uma redução de 39% no risco de infecção do HIV entre as mulheres que usaram um gel microbicida introduzido na vagina e composto em 1% do antirretroviral tenofovir. Em ambas as pesquisas acima, houve evidências de que quanto maior a aderência aos métodos de prevenção, maior a proteção, segundo os pesquisadores.

*Publicado originalmente em Agência Aids.


COMENTÁRIO: Deixa eu entender!

O estudo foi patrocinado pela Agência Internacional de Desenvolvimento os Estados Unidos e pela Fundação Bill & Melinda Gates. Mesmo assim, optou-se por fazer a pesquisa na África e não em Manhatann, Ohio, Hawai, Alaska...

Inscreveram-se 2 mil mulheres do Quênia, da Tanzânia e da África do Sul.

Separaram 2 grupos de mulheres.

Para um grupo deram doses DIÁRIAS de antiviral.

Para outro grupo deram PLACEBO. (Pra quem não é do ramo, ´Placebo' = comprimido de farinha)

Mulheres de ambos os grupos foram expostas ao sexo sem proteção.

No final do estudo concluiram que as mulheres que ingeriram o antiviral, além de não ficarem protegidas da infecção pelo HIV, ainda tiveram maior probabilidade de engravidar do que aquelas com placebo.

Como perguntar não ofende, quantas camisinhas seria possível comprar com uma caixa de Truvada???

Abaixo, apenas a título de ilustração, sem fazer qualquer inferência (tipo assim experiência em anima nobile) uma pequena relação dos efeitos colaterais do Truvada:

Doenças do sangue e do sistema linfático:
Frequentes: neutropenia
Pouco frequentes: anemia

Doenças do sistema imunitário:
Frequentes: reacção alérgica

Doenças do metabolismo e da nutrição:
Muito frequentes: hipofosfatemia
Frequentes: hiperglicemia, hipertrigliceridemia
Raros: acidose láctica
Desconhecidos: hipocaliemia
A acidose láctica, geralmente associada a esteatose hepática, tem sido descrita com a utilização de análogos nucleosídeos (ver secção 4.4).

Perturbações do foro psiquiátrico:
Frequentes: insónia, sonhos anormais

Doenças do sistema nervoso:
Muito frequentes: cefaleias, tonturas
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Muito raros: dispneia

Doenças gastrointestinais:
Muito frequentes: diarreia, vómitos, náuseas
Frequentes: elevação da lipase sérica, elevação da amilase incluindo elevação da amilase pancreática, dor abdominal, dispepsia, flatulência
Raros: pancreatite
Afecções hepatobiliares:
Frequentes: elevação das transaminases, hiperbilirrubinemia
Muito raros: hepatite
Desconhecidos: esteatose hepática

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas:
Frequentes: urticária, erupção cutânea vesicular, erupção cutânea pustular, erupção cutânea maculopapular, prurido, erupção cutânea e alterações da pigmentação cutânea (hiperpigmentação)

Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Muito frequentes: elevação da creatina cinase
Desconhecidos: rabdomiólise, osteomalácia (manifestada como dores ósseas e contribuindo infrequentemente para fracturas), fraqueza muscular, miopatia

Doenças renais e urinárias:
Raros: insuficiência renal (aguda e crónica), tubulopatia renal proximal incluindo síndrome de Fanconi, elevação da creatinina, proteinúria
Muito raros: necrose tubular aguda
Desconhecidos: nefrite (incluindo nefrite intersticial aguda), diabetes insípida nefrogénica.

Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Frequentes: dor, astenia

Nenhum comentário:

Postar um comentário