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A razão do doleiro Alberto Yousseff ter passado mal se deve a outro tipo de envenenamento: ele foi traído no acordo de delação premiada. Para ter validade, o acordo teria que ser mantido sob sigilo. O próprio Procurador Geral da República Rodrigo Janot já disse publicamente que a lei exige que a delação seja sigilosa. Vale como pista para localizar os malfeitos, mas o réu não se beneficia, pois fica rompido o pacto com o Ministério Público Federal.
Já tinha antecipado aqui que o vazamento da delação comprometeria o instituto da delação premiada. Ao permitir o vazamento - não tomando os devidos cuidados - o juiz Sérgio Moro matou três coelhos com uma só cajadada e feriu de morte um quarto.
Os três primeiros foram:
1. Utilização política do depoimento em proveito de políticos próximos.
2. Obtenção de informações para enriquecer o inquérito.
3. Punição ao doleiro por sua supina ingenuidade de acreditar que o acordo de delação seria sério.
O quarto personagem atingido foi a Justiça. Definitivamente é um país em que um juiz pode levar a lei aos dentes, sem problema.
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