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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A "solidariedade" (SQN) dazelites: Região dos Jardins é a que menos economiza água em SP, diz Sabesp - "Lavam calçada, tem muita piscina.”

Dados são referentes ao consumo no primeiro semestre de 2014.

Bairros do Jaçanã, na Zona Norte, foram os que tiveram a maior redução.

no G1



Bairros considerados de alto padrão têm a pior média de economia de água na cidade de São Paulo, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A região dos Jardins, na Zona Oeste da capital, foi a que menos economizou água na cidade no primeiro semestre de 2014.

A Sabesp aponta que imóveis residenciais e comerciais dos Jardins Paulista, Europa, América, além da Lapa, Alto de Pinheiros, Boaçava, Sumaré e Perdizes tiveram redução de 7,36% entre janeiro e junho.

Desde fevereiro, a Sabesp oferece bônus para os consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira que atingirem a meta de 20% de redução ou mais. Para esses consumidores, há desconto de 30% na conta.Os bairros da região do Jaçanã, na Zona Norte, foram os que mais conseguiram reduzir a conta de água, com economia de 20,43% no primeiro semestre.

Consumo em junho

Se considerado somente o mês de junho, o bairro com menor consumo médio por domicílio na cidade foi o Grajaú, na Zona Sul, com 9,71 metros cúbicos (m³). Já nos Jardins, o consumo médio foi o dobro (18,11 m³). Um metro cúbico equivale a 1 mil litros.

REGIÕES DE
SÃO PAULO
REDUÇÃO DO CONSUMO NO 1º SEMESTRE/2014
MÉDIA DE CONSUMO POR DOMICÍLIO EM JUNHO
Jaçanã                                                  
20,43%
11,42 m³
Perus
20,06%
11,02 m³
Pirituba
19,82%
11,76 m³
São Mateus
18,9%
10,99 m³
Arhur Alvim
18,84%
10,99 m³
Vila Maria
18,72%
11,83 m³
Itaim Paulista
18,55%
10,63 m³
Vila Nova  Cachoeirinha
18,48%
11,67 m³
Grajaú                                                   
18,13%
9,93 m³
Freguesia do Ó
18,11%
11,86 m³
Santana                                   
18,09%
12,7 m³
Americanópolis
17,76%
10,6 m³
Penha
17,75%
11,6 m³
Capela do Socorro
17,55%
10,63 m³
Socorro
17,52%
11,21 m³
São Miguel
17,29%
11,43 m³
Cidade Tiradentes
16,67%
11,15 m³
Guaianazes
16,62%
10,87 m³
Pirajussara
15,87%
11,07 m³
Ipiranga
15,74%
12,76 m³
Campo Limpo
15,2%
10,54 m³
Mooca
13,35%
12,66 m³
Butantã
13,04%
14,85 m³
Santo Amaro
11,72%
14,99 m³
11,4%
14,99 m³
Vila Mariana
11,18%
14,29 m³
Jardins
7,36%
18,11 m³
São Paulo (média da cidade)
16,23%
13,01 m³
Fonte: Sabesp


A explicação da Sabesp é que a região dos Jardins concentra pessoas com alto poder aquisitivo, onde a economia na conta não faz diferença no orçamento. A bancária Camila Silva denuncia o desperdício. “Eu vejo menos consumo [na cidade], mas aqui é uma região que gasta bastante. Lavam calçada, tem muita piscina.”

A região também possui muitos comércios, restaurantes, salões de beleza e escritórios, com movimento dia e noite e que atraem pessoas de toda capital, segundo o presidente da Associação dos Moradores dos Jardins, Fernando José da Costa. "Nós temos uma região estritamente comercial que utiliza muito água, por exemplo hospital, restaurante, hotel. Os hóspedes que permanecem mais de um dia já tem a consciência de não pedir pra lavar a toalha", afirmou.

Uma padaria 24 horas tem consumo acima da média da região, mas conseguiu fazer mudanças simples que já reduziram o valor da conta de água. “Conscientizando os nossos funcionários pra não abrir a torneira, fechar logo em seguida. No banho ser rápido, porque nós temos o vestiário”, afirmou o gerente geral do comércio, Renato Rinaldi.

Evolução da economia


Em janeiro, o consumo médio por pessoa na capital paulista foi de 165,2 litros por dia. Em junho, o volume caiu para 140,29, redução de 16,23%. A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que cada pessoa use 110 litros de água/dia. A região do Jaçanã, que engloba seis bairros da Zona Norte, foi a que mais diminuiu o consumo na capital no primeiro semestre deste ano. A economia foi de 20,43%, de acordo com a Sabesp.

Em um salão de cabelereiro no Tucuruvi, a proprietária conseguiu diminuir o consumo sem perder a clientela. A solução foi não desperdiçar a água fria dos lavatórios. Antes as funcionárias deixavam a torneira aberta até a água esquentar. Agora, elas abrem a mangueira e já começam a molhar as pontas do cabelo. Quando a lavagem chega na raiz, água já está aquecida.

Em um posto de combustíveis do bairro, a medida foi mais radical, mas resultou em economia de 1 mil litros de água por dia. A primeira mudança foi diminuir o número de torneiras de quatro para uma. “Na ducha, nós também suspendemos alguns dias na semana e reduzimos o horário”, revelou o proprietário Marcos Gomes.

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