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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Ministros da Saúde e da Agricultura defendem manutenção orçamentária

Chioro disse que espera um forte debate político entre governo e oposição nos próximos anos


Confirmado para permanecer na pasta da Saúde no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse hoje (1º) que pretende iniciar a implementação do Programa Mais Especialidades ainda em 2015. O programa, uma das promessas de campanhas de Dilma, pretende criar uma rede de clínicas especializadas em todas as regiões do país.

Chioro falou com jornalistas durante a cerimônia de posse de Dilma, no Congresso Nacional, e disse que deve apresentar logo as diretrizes do programa para a presidenta. “Vamos apresentar, no inicio do ano, as diretrizes para Dilma, para ver se é este o caminho que iremos fazer para implementar”, disse o ministro, adiantando que a implementação do Mais Especialidades será feita de forma gradual.

“Pretendemos implementar já em 2015, mas de maneira incremental nos próximos anos; mas precisamos primeiro fazer uma pactuação entre municípios e estados, porque o governo federal não executa as ações de serviços de saúde na ponta, são os estados e municípios”, complementou.

Chioro disse que espera um forte debate político entre governo e oposição nos próximos anos, mas ressaltou que se sente confortável para dialogar com os deputados e senadores, da base e da oposição, os rumos da política de saúde do país, e citou como exemplo o Mais Médicos.

“Mesmo um programa tão polêmico, que trouxe tanta discussão no cenário nacional, teve ampla aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado, e se transformou em um marco legal”, argumentou. “Tenho convicção de que vamos ter margem para fazer o diálogo democrático, mas, acima de tudo, não atrasar a tomada de decisões importantes para fazer mudanças substantivas na sociedade brasileira”, concluiu.

O ministro disse ainda não acreditar em corte orçamentário para as ações de saúde e acredita que será mantido o que está previsto na Constituição. “O que não impede que a sociedade brasileira e o Congresso Nacional possam discutir que padrão de financiamento desejam para o sistema de saúde”, destacou.

A nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu, também comentou os desafios para 2015. Ela disse que mesmo com os ajustes na política econômica não espera que a sua pasta sofra corte no Orçamento. “Eu acredito muito que a equipe econômica tem consciência da resposta muita rápida que o agronegócio pode dar ao país”, disse.

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