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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

“Coxismo” mundial (e nacional) rejeita vacina e ameaça com a volta de epidemias

revolta

no Tijolaço


Sábado, a BBC publicou uma matéria sobre umas senhoras que levaram o neoliberalismo ao limite, com a recusa de atender ao chamado do Estado para vacinarem seus filhos.

Aparece até um pediatra que mesmo não se insurgindo insurge contra a vacinação, que diz que, se a criança for saudável, se não for a shopping, se não for a igreja lotada ou a supermercado, “não tem problema”.

“Tá” bem, doutor, como é que a mãe faz? Deixa de sair ou a “babá” toma conta? Qualquer mãe e pai “normal” tem de levar o filho a estes lugares, porque já não temos uma sociedade escravista onde a “mucama” está lá para ficar com ele.

Hoje, a agência France Press noticia a morte de um bebê em Berlim, capital da Alemanha, num dos 570 casos de sarampo registrados em apenas cinco meses, desde outubro passado, preocupando as autoridades sanitárias pelo crescente número de pessoas que desprezam a ideia de vacinar seus filhos.

Isso é Berlim, com 3,5 milhões de habitantes.

No Brasil de 200 milhões de habitantes e vacina obrigatória, depois de ficarmos abaixo de 100 casos anuais - 68 casos em 2010, 43 em 2011, em 2012, apenas um caso – a doença voltou a crescer ligeiramente – 200 casos em 2013 – sobretudo em áreas com maior afluxo de turistas estrangeiros.

Em 2013, a Inglaterra teve mais de 3 mil casos em 2013, a Holanda mais de mil,

Aqui, parece que estamos voltando mais de um século no tempo, para a era em que Oswaldo Cruz teve de enfrentar a Revolta da Vacina, quando se tornou obrigatória a vacinação contra a varíola, que matava “só” alguns milhares por ano, no Rio de Janeiro.

Naquela época, como hoje, era fruto da ignorância. Mas, além dela, agora há também a arrogância de quem se acha “geneticamente imune” a estas doenças “de pobre promíscuo” e, ainda pior, submete a risco seus filhos e os filhos dos outros, que podem adquirir a doença dele.

Porque, por incrível que pareça, a taxa de vacinação das crianças é, hoje, maior entre os pobres do que entre os ricos, onde um quarto delas deixam de ser vacinadas.

O “coxismo” não periga matar as mentes, apenas.

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