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sábado, 28 de março de 2015

Novo laboratório público vai dobrar número de exames em Curitiba [não inaugurou antes porque o Ducci deu calote na construtora]

Referência nacional na qualidade de análises clínicas, o Laboratório Municipal ganhou uma nova sede, inaugurada nesta terça-feira (03) pela Prefeitura de Curitiba, com a presença do prefeito Gustavo Fruet e do secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda. O novo laboratório vai permitir dobrar a capacidade de realização de exames se comparada à da antiga sede, localizada no bairro Parolin, que fazia 300 mil exames por mês.


A nova unidade tem 4 mil metros quadrados de área construída, em uma área de 8,7 mil metros, e está localizada no bairro Novo Mundo. Enquanto funcionou no Parolin, o laboratório tinha 1 mil metros quadrados.

Foram investidos R$ 12 milhões na construção e novo mobiliário para o prédio, com recursos da Prefeitura de Curitiba e do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU). O laboratório atende todas as 109 unidades básicas de saúde da capital paranaense e realiza exames de patologia clínica.

O novo laboratório, que começou a operar de forma gradual desde dezembro do ano passado, conta com uma estação de tratamento de esgoto para efluentes gerados pela própria estrutura, evitando risco de contaminação do solo e do lençol freático. Além disso, todo o prédio pode ser abastecido por gerador elétrico, no caso de falta de energia.

A estrutura tem ainda uma rede de ar condicionado específica para laboratório, com filtros especiais para evitar pressão negativa e a contaminação do ar nas salas.

“A Prefeitura investiu de forma incisiva na saúde e educação nos últimos anos para melhorar os indicadores nessas áreas e estamos vendo resultados. É o caso da mortalidade infantil, que teve índice reduzido em 20% em dois anos”, disse Fruet.

Hoje o laboratório atende 87% da demanda de exames porque alguns tipos não são realizados pela estrutura. A intenção da Prefeitura é cobrir 100% da demanda de exames. Massuda destaca que, com a mudança, a Secretaria Municipal da Saúde vai ampliar a oferta de exames na carteira de serviços e a capacidade de produção do laboratório. “Fizemos um grande esforço para terminar esta obra e uma das nossas intenções é, no futuro, ampliar o horário de funcionamento do laboratório”, conta Massuda.

A coordenadora do laboratório, Tomoko Sasazawa Ito, diz que a nova estrutura vai permitir um salto no controle epidemiológico do Município. “Além de fazer os exames, é importante banco de dados com informações relevantes para a gestão da saúde da população de Curitiba”, disse.

Evolução tecnológica


A sede do Novo Mundo é a segunda estrutura criada exclusivamente para abrigar o laboratório. O trabalho de análises clínicas na rede municipal começou em meados da década de 60, em uma sala improvisada de uma unidade de saúde, e foi acompanhando o crescimento da estrutura pública. Em 1992, foi inaugurado o prédio no bairro Parolin, que passava a atender toda a demanda das unidades básicas de Curitiba.

Os profissionais que acompanharam este processo lembram que, muito além dos avanços na estrutura física, a evolução tecnológica determinou uma nova rotina aos servidores que trabalham diretamente na realização de exames clínicos. A farmacêutica e bioquímica Viviane Fazolari, que há 25 anos trabalha no Laboratório Municipal, lembrou que todo o procedimento era feito manualmente, os profissionais juntavam todos os reagentes e aí anotavam os resultados. Hoje, todo o processo é feito por equipamentos modernos, que fazem desde a leitura do código de barras com as informações do paciente e os exames solicitados pelo médico, até a finalização dos resultados.

“Os laudos eram datilografados, carimbados e cada um assinado manualmente pelo farmacêutico e bioquímico”, contou Rosângela Mitishita, que está há 19 anos no setor. “A rede foi crescendo e a gente foi crescendo junto”, destacou Viviane, referindo-se à estrutura e aos demais colegas de profissão.

Maristela Riedel, que trabalha há 22 anos no laboratório, disse que os investimentos feitos nessa área começaram a render prêmios e reconhecimento à equipe, principalmente após as testagens de carga viral de HIV. “O nosso laboratório é uma das poucas estruturas públicas municipais que fazem esse tipo de análise”, comentou. Ela e sua colega Marcia Regina Visinoni, 24 anos de trabalho no setor, participaram da primeira validação de teste rápido para HIV no Brasil, no início da década de 90. “Hoje o trabalho realizado pelo laboratório de Curitiba é reconhecido nacionalmente”, afirmou.

*com informações da PMC, título do posto é do Blog do Mario

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