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domingo, 8 de março de 2015

Prefeitura de Curitiba regulamenta voluntariado de doulas e lança teste rápido para sífilis na Maternidade Bairro Novo

via PMC


A Maternidade do Bairro Novo completou, neste domingo (8), dois anos sob a gestão da Secretaria Municipal da Saúde, através da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes). A nova administração foi fundamental para a manutenção da maternidade. Para comemorar os avanços no atendimento e na qualidade do serviço durante esse período, o prefeito Gustavo Fruet e o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, assinaram o termo que regulamenta o trabalho de doulas voluntárias e a implantação do teste rápido para sífilis na maternidade.

Atendendo gestantes de baixo risco do Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba, a Maternidade do Bairro Novo conta com 43 leitos – sendo 20 de alojamento conjunto – e desde 2013 realizou 4.085 partos, 75% deles de forma natural.

Fruet destacou a importância da manutenção do serviço e a melhoria do modelo de atendimento na maternidade nesses dois últimos anos. “Esta é uma obra imaterial, uma obra de inclusão. Houve um avanço significativo na qualidade dos serviços prestados às gestantes e isso também demonstra o resultado de uma equipe comprometida”, comentou.

Outra forma de marcar simbolicamente o aniversário da gestão municipal na Maternidade foi por meio da doação de 50 kits de enxoval, oferecidos pelo programa Curitibaninhos, do Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC). O prefeito Gustavo Fruet entregou, na ocasião, os dois primeiros conjuntos doados às mães Aline Souza Cavallari e Clevemara Almeida de Paiva.

Para o secretário de Saúde, os avanços na Maternidade do Bairro Novo, com a implementação das práticas de atenção ao parto, têm transformado a instituição em uma referência no assunto. “É um trabalho que começa nas unidades básicas de saúde, durante o pré-natal e o correto encaminhamento das gestantes ao hospital mais adequado para atender a cada paciente”, salientou, lembrando que a fila de espera para gestantes de risco em Curitiba deixou de existir há cerca de dois anos. “Os resultados concretos desse trabalho já começaram a aparecer. Além de um processo mais humanizado na hora do parto, Curitiba registrou 20% de queda no índice de mortalidade infantil em dois anos”, enfatizou.

Doulas


No ano passado, a Secretaria de Saúde formou a primeira turma de doulas em unidades de saúde do Bairro Novo. Após dois meses e meio de curso – com aulas teóricas e práticas – as doulas estão aptas a acompanhar as gestantes nas consultas, exames de pré-natal e nos primeiros cuidados das mães com os bebês. “É um projeto importante que irá ajudar na rede de proteção à mulher. As doulas dão suporte físico, psicológico e afetivo às gestantes, principalmente as que estão em vulnerabilidade social”, afirmou Massuda.

A administradora Cristiane Arendt participou da primeira turma e está ansiosa para começar a atuar como doula. “Nosso trabalho passa segurança e carinho para as gestantes. O diferencial é o vínculo com a paciente”, explicou.

Outro anúncio importante foi a implantação do teste rápido para sífilis na maternidade. O teste é realizado no primeiro e terceiro trimestre de gravidez e é importante para evitar a sífilis congênita, que pode causar aborto ou má formação dos bebês.

Histórico


A Feaes assumiu a administração da Maternidade do Bairro Novo em março de 2013, após a Sociedade Evangélica Beneficente, que era gestora do local, informar que não tinha mais condições de continuar prestando os serviços necessários à estrutura. Para evitar o fechamento da Maternidade, a Prefeitura de Curitiba assumiu a gestão.

Nestes dois anos ocorreram importantes avanços, como a contratação de enfermeiros obstétricos que atuam desde o acolhimento das gestantes até o momento do parto e a adoção do parto humanizado, conforme preconizam a Organização Mundial de Saúde e a Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Ações como estas garantem a autonomia da mulher na escolha da posição no momento do parto, utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor e promoção do conforto (massagem, exercícios respiratórios, caminhada, banho terapêutico, exercícios na bola e a presença de acompanhante). “Todos esses cuidados tornam o nascimento um momento natural e especial”, relatou a diretora-geral da Maternidade, Tereza Kindra.

Karina da Silva é mãe de três filhos, dos quais dois deles nasceram na Maternidade do Bairro Novo. No parto da mais nova, Ana Luiza, que nasceu há uma semana, ela conta que a possibilidade de escolher a posição mais confortável e a presença do marido foram fundamentais para manter a tranquilidade. “Alternei momentos no chuveiro, na bola de pilates e na cama. A atenção que todos me deram neste momento foi muito importante. Conseguiram me deixar segura para receber a Ana Luiza”, afirmou.

Já Daiane de Almeida Nunes é mãe de dois filhos e precisou realizar duas cesáreas. A do Gabriel foi realizada na Maternidade do Bairro Novo, após 41 semanas de gestação e a indução do parto. “Tive meu primeiro filho em outro hospital, mas quando vim com meu marido conhecer a maternidade gostei muito da estrutura que ela oferece e optamos em ter o Gabriel aqui. O atendimento humanizado, próximo da gente, sala do cantinho da leitura e de práticas integrativas, eu só vi aqui”, ressaltou.

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