por Alexandre Padilha
"Nós médicos deveríamos usar apenas com uma língua: buscar superar qualquer obstáculo quando o que estiver em jogo é salvar vidas" trecho do meu discurso de saída do Min da Saúde em 2014.
Ontem a noite (31/03) muitas pessoas me ligaram ou enviaram mensagens emocionadas durante o "Profissão Repórter sobre o Mais Médicos".
Entre elas, inclusive, o meu colega de governo Haddad, Senador Suplicy. Queriam saber se as imagens me relembravam os duros embates e enfrentamento de incompreensões durante a implantação do Mais Médicos.
Mais ainda do que o meu período como Ministro e responsável pela implantação do Mais Médicos , as histórias me fizeram lembrar do final dos anos 90 quando coordenei o Núcleo de Medicina Tropical da USP no interior do Pará e junto com outros médicos infectologistas da USP, residentes, internos estagiários e profissionais de saúde enfrentamos a mesma ausência de infra-estrutura geral, dificuldade com a língua e ausência de outros serviços médicos para cuidar das comunidades ribeirinhas, estruturar novos serviços especializados e salvar um povo indígena inteiro da extinção, o povo Zo é.
Quando lançamos o Mais Médicos, frisei com todas as letras, que não se tratava da solução de todos os nossos problemas da saúde, mas o primeiro passo e extremamente corajoso , para começarmos a reestruturar o SUS .
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