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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Favorito para Saúde sugeriu renúncia de Dilma e criticou Mais Médicos

Manoel Junior é próximo a Eduardo Cunha. Médico de formação, foi contrário à entrada de profissionais estrangeiros sem revalidação do diploma e estágio obrigatório de dois anos no SUS



Jornal GGN - A presidente Dilma Rousseff (PT) parece mesmo decidida a reeditar Lula em 2005 e entregar ao PMDB o Ministério da Saúde para superar a crise política. Àquela época, o antecessor no Planalto teve sucesso nas medidas para desidratar os impactos do mensalão sobre o governo. Hoje, alguns colunistas, caso de Ilimar Franco (O Globo), avaliam que "dar ao PMDB o que é do PMDB" é a melhor saída para, pelo menos, conter as ameaças de impeachment.

Nesse cenário, Dilma teve de negociar com bancadas do PMDB na Câmara e Senado os nomes dos novos ministeriáveis. Na quarta (23) pela manhã, Leonardo Picciani entregou uma lista com sete deputados e indicou que dela deve sair o nome do novo ministro da Saúde.

Foram sugeridos o ex-ministro Saraiva Felipe e Marcelo Castro, citados nos escândalos da máfia das sanguessugas e caso Dnit, respectivamente, além de Manoel Júnior. Segundo a Folha, Saraiva já foi vetado por Dilma, e Marcelo não conta com a simpatida do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

Por isso, é Manoel Junior quem desponta como favorito - ou com menos restrições - dentre os ministeriáveis da Saúde. Médico de formação, é ligado a Cunha e ao líder da bancada, Picciani. Em agosto passado, saiu na imprensa sugerindo que Dilma, diante da conjuntura política e economia difícil, renunciasse. Assista aqui.

Em 2013, apesar de defender o fortalecimento do SUS, criticou o Mais Médicos - dizendo que cubanos não teriam preparo sobre "doenças tropicais", rejeitando o estágio obrigatório de dois anos na rede pública para estudantes de medicinas e exigindo revalidação do diploma de estrangeiros e facilidades para que profissionais brasileiros possam atuar no exterior.

Dilma ficou de anunciar a reforma ministerial essa semana, mas foi aconselhada a adiar a missão por alguns dias, até que o desenho seja concluído. Em posse da Saúde, o PMDB comandará o maior Orçamento da Esplanada dos Ministérios. Só no ano passado, a pasta administrou R$ 106 bilhões.

Segundo novo ministério do PMDB


Ainda está na conta do governo a criação de um segundo ministério para o PMDB, o da Infraestrutura, que uniria as pastas de Aviação e Portos. Para ocupar este posto foram sugeridos os nomes dos deputados José Priante, Mauro Lopes, Celso Pansera e Newton Cardoso Júnior. Todos, em algum nível, metidos em casos polêmicos ou até mesmo processados por corrupção. Leia mais aqui.

Segundo informações da Folha, para prestigiar o vice-presidente Michel Temer, que tem tentado se manter de fora das negociações da reforma ministerial, o governo estuda preservar o cargo dos ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), além de realojar o ministro Helder Barbalho (Pesca), cuja pasta deve ser extinta na nova configuração ministerial.

Na visão de Temer, Dilma tem uma dívida com família Barbalho, que tem jogado panos quentes na relação com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Renan, ainda de acordo com o jornal, tem reivindicado o Ministério da Integração Nacional.

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