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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Polícia investiga quadrilha que frauda leitos de UTI na rede privada

Estelionatários cobram de R$ 1,4 mil e R$ 2,5 mil por vagas e exames de tomografia em cinco estados, além do DF. Na última semana, três famílias foram vítimas na capital federal

no Correio Braziliense


A Polícia Civil do DF investiga uma quadrilha de estelionatários que atua em hospitais particulares da capital federal. O grupo aborda familiares de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) para que paguem entre R$ 1,4 mil e R$ 2,5 mil referentes a um suposto exame de tomografia. Em alguns casos, os falsários alegam “otimizar” o acesso ao leito oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quando o doente ainda não está internado. Ao menos três famílias foram abordadas na última semana — duas delas chegaram a depositar o dinheiro. Desde o ano passado, casos semelhantes ocorreram em São Paulo, em Goiás, no Paraná, no Mato Grosso e no Acre.

Leito de unidade de terapia intensiva em hospital particular do Distrito Federal: alerta contra o grupo

Segundo as denúncias, um paciente pagou aos golpistas R$ 1,4 mil, e outra, R$ 1,9 mil. As vítimas estavam internadas no Hospital Santa Luzia, na Asa Sul. A unidade de saúde, a fim de evitar novas fraudes, divulgou um folheto alertando sobre a fraude. “Pessoas com o objetivo de obter vantagens financeiras podem realizar contatos telefônicos durante a internação no hospital, identificando-se como médicos ou funcionários para fazerem cobranças indevidas”, informa.

O Ministério da Saúde esclareceu, em nota, que o SUS disponibiliza tratamento integral, universal e gratuito à população e nenhum procedimento pode ser cobrado. “Caso haja qualquer tipo de cobrança em relação a procedimentos ou leitos, a situação deve ser comunicada às autoridades policiais para a adoção das medidas cabíveis”, recomenda o órgão. Segundo a Secretaria de Saúde, a vigilância é de responsabilidade dos hospitais particulares, mesmo quando os leitos são disponibilizados pelo SUS. “A fiscalização feita pela pasta nas unidades privadas se restringe aos padrões sanitários e de saúde”, conclui.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes.

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