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terça-feira, 15 de setembro de 2015

UPAs adotam protocolo para identificar infecção generalizada

via FEAES


A Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com a Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes), iniciou nesta segunda-feira (14), a implantação de um protocolo especial de atendimento para os casos suspeitos de sepse, um conjunto de manifestações em todo o organismo decorrentes de uma infecção. As nove unidades de pronto atendimento (UPAs) 24 horas de Curitiba começam a trabalhar com o novo protocolo.

A partir de agora, no momento em que o paciente passa pela triagem nas UPAs, uma série de medidas específicas são adotadas para diagnosticar a sepse -- que, no passado, também era conhecida pelo termo septicemia. Se os sintomas apontarem para um caso suspeito, é realizado eletrocardiograma e o paciente é encaminhado para o médico que fará a comprovação do diagnóstico. “O tempo é fundamental no tratamento da sepse, por isso a expectativa é de que a chegada do paciente na triagem até o início do tratamento medicamentoso não demore mais do que uma hora”, explica Fabio Rasmusen Dias, gerente da UPA Matriz.

Além de um roteiro específico para a triagem realizada pelo enfermeiro e para a consulta médica de como proceder nos casos suspeitos de sepse, o protocolo também prevê a lista de antibióticos necessários para o internamento.

A doença


Com a evolução da medicina, descobriu-se que a sepse, antes tida como uma infecção generalizada ocorre por causa de uma reação inadequada do organismo a uma infecção. O corpo reage à infecção lançado moléculas para matar as bactérias infecciosas, muitas vezes causando danos em outros tecidos, podendo gerar um processo de falência des órgãos. Por isso, quanto antes o paciente receber os medicamentos adequados, maiores são as chances de recuperação.

No Brasil são registrados 670 mil casos por ano de sepse, de acordo com o Instituto Latino Americano da Sepse (Ilas). Além disso, o país está entre os locais com as maiores taxas de mortalidade por sepse no mundo: aproximadamente 55% dos pacientes diagnosticados vão a óbito, por isso o diagnóstico precoce é fundamental.

O tratamento consiste no uso de antibiótico, soro na veia para normalizar a pressão e combater a desnutrição e, quando necessário, remédios para controlar vômito e diarreia. Nos casos mais graves, o paciente é encaminhado para um hospital, via Central de Leitos.

“O foco nos serviços de saúde deve ser sempre no paciente, esta é mais uma ferramenta disponível para todos os profissionais para agilizar e qualificar o atendimento. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior é o impacto na qualidade de vida do paciente”, ressalta Gustavo Schulz, diretor geral da Feaes.

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