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domingo, 24 de janeiro de 2016

De profissão & oficio do cuidado

por Angel Mar Roman no Facebook

Leio uma reportagem no site BBC Brasil que o tal de Medcurso (cursinho que prepara sextanistas do curso de medicina para as provas de residencias) ensina que os alunos devem caprichar pra passar nas provas de residencia. Senão serão médicos do PSF (que, segundo o texto, significa Posto de Saude da Familia) e irão trabalhar de chevetinho 87, enquanto o cirurgião plástico irá trabalhar de carro importado.

Eu poderia parar por aqui, já que a assertiva, por si só, tudo revela, tudo explica.

E não vou cair na tentação de dizer que o médico geral de familia e comunidade ganha bem etc. Não vou discutir isso.

Pra ser bem curto - queu tenho que aprender, por estas esferas virtuais - achei interessante como a ideologia do "esperto" enfim parou de se disfarçar e está transitando pelas calçadas sem nada a ocultar. Alias, com um certo exibicionismo.

Porque a gente deve ser médico pra comprar carro importado. E a história do papel social de cuidar do sofrimento, babau.

Quem fizer Plastica porque tem realização por isso, parabéns. Mas quem fizer desse oficio, ou de qualquer outro, só instrumento de ganho, talvez procure a vida e só encontre a angustia.

Arrogantemente, decreto: essa é mais uma pedrinha na construção do vazio. Ganha grana e não necessariamente ganha possibilidades. Talvez não tenha significado além do resultado financeiro naquilo que faz. E sem significado, não ha sentido.

Apenas isso. Sentido pra vida.

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