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segunda-feira, 14 de março de 2016

[Delícias do capitalismo selvagem] Dívida de universitários americanos chega a US$ 1,3 trilhão


Endividamento dos universitários dos EUA se aproxima do PIB brasileiro, que ficou em cerca de US$ 1,5 trilhão no ano passado

Foto: iamastudentdebtvoter.com

Perto de 45 milhões de norte-americanos (14% da população do país, de 323 milhões de habitantes) têm algum tipo de débito relacionado à universidade. Ao todo, essas pessoas devem cerca de US$ 1,3 trilhão.

Os formados de 2015, segundo dados do próprio governo, são os que estão em pior situação. Em média, cada formado tomou US$ 35 mil de empréstimo para custear os estudos.

O que mais preocupa as autoridades é que o número de endividados vem crescendo rapidamente. Em 2007 eram 7 milhões de estudantes; no ano passado passou dos 40 milhões. Nos últimos dois anos, o total da dívida praticamente dobrou.

Especialistas alertam sobre os perigos do crescente endividamento e muitos traçam um paralelo com a bolha imobiliária que detonou a crise financeira mundial em 2008.

Muitos estudantes de baixa renda deixam a faculdade com uma pendência que se estenderá por vários anos, comprometendo a maior parte da vida deles.

O presidente Barack Obama editou algumas medidas para combater o problema, como o perdão da dívida de alguns milhares de alunos, mas o problema persiste para a maioria.

A dívida astronômica se transformou num dos temas da campanha presidencial nos EUA. O democrata Bernie Sanders promete, no curto prazo, acabar com mensalidades nas instituições públicas e, a médio prazo, estabelecer o ensino superior gratuito e livre, começando por ampliar o modelo de universidade pública e gratuita ao redor do país.

A democrata Hillary Clinton e os pré-candidatos republicanos reconhecem que é preciso fazer alguma coisa para resolver o problema, que traz riscos para a economia americana, mas não apresentaram propostas claras de solução.

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