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sexta-feira, 4 de março de 2016

OPAS: Anomalias congênitas são 2a causa de morte de recém-nascidos e crianças com menos de 5 anos

Dados são relativos ao continente americano e, em primeiro lugar, está está a prematuridade. Estima-se que um em cada 33 bebês nasce com um defeito congênito no mundo. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, fortalecer a vigilância dos defeitos de nascimento ajudará os países da região a obter estimativas mais precisas de prevalência das anomalias congênitas.

Os defeitos de nascimento têm um enorme impacto humano, social e econômico, afirmou a diretora da OPAS/OMS, Carissa F. Etienne. Foto: Ministério da Saúde/Creative Commons

na ONUBr


Fortalecer a vigilância dos defeitos de nascimento ajudará os países a obter estimativas mais precisas de prevalência da microcefalia e outras anomalias congênitas em recém-nascidos, afirmam especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

Por meio de um comunicado divulgado nesta quinta-feira (3), a OPAS/OMS pediu que os Estados-membros invistam recursos no fortalecimento desse tipo de sistema de vigilância em razão do recente aumento de casos de microcefalia notificados pelo Brasil e do Dia Mundial dos Defeitos do Nascimento, lembrado anualmente no dia 3 de março.

“Os defeitos de nascimento têm um enorme impacto humano, social e econômico”, afirmou a diretora da OPAS/OMS, Carissa F. Etienne.

“Ser capaz de detectá-los com precisão facilitará a realização de estudos epidemiológicos para identificar melhor as causas e padrões de população. Tais estudos poderiam proporcionar a base de provas para a tomada de decisões informadas em saúde pública, formulação de políticas apropriadas, elaboração de estratégias de prevenção e planejamento de serviços de saúde”, disse.

As anomalias congênitas são a segunda principal causa de morte em recém-nascidos e crianças menores de cinco anos nas Américas – em primeiro lugar está a prematuridade. Estima-se que um em cada 33 bebês nasce com um defeito congênito no mundo.

Apesar de nem todos serem fatais, muitas crianças que sobrevivem têm maior risco de apresentarem deficiências em longo prazo e requerem serviços de saúde, e outros serviços de apoio, para melhorar sua qualidade de vida.

A OPAS/OMS informou no comunicado que tem trabalhado com ministérios da Saúde para estabelecer sistemas de vigilância para defeitos no nascimento desde 2014, mas estes esforços adquiriram nova urgência em razão do surto de vírus zika e os possíveis vínculos com a microcefalia.

Recentemente, a OPAS/OMS publicou orientações preliminares para vigilância de microcefalia em recém-nascidos em áreas de risco de circulação do vírus zika com o objetivo de ajudar os países a detectar e fazer acompanhamento de qualquer aumento não usual de casos de microcefalia e outras condições associadas.

Apesar de as diretrizes focarem em microcefalia, também ajudarão os países a fortalecer suas respostas mais amplas a outros defeitos congênitos. A OPAS/OMS está prestando cooperação técnica para ajudar os países a aplicar essas orientações.

Prevenção dos defeitos congênitos


“Os defeitos de nascimento podem estar relacionados a causas ambientais, infecciosas, genéticas ou de comportamento. Portanto, muitos defeitos de nascimento podem ser prevenidos mediante a adoção de medidas adequadas antes e durante a gravidez, como tomar ácido fólico e se abster de consumir álcool e tabaco”, destacou o diretor do Departamento de Família, Gênero e Curso de Vida da OPAS/OMS, Andrés de Francisco.

Devido às preocupações atuais sobre o vírus zika, seu potencial vínculo com a microcefalia e a possibilidade de transmissão sexual do vírus, a OPAS/OMS está instando as mulheres que vivem ou viajem para áreas com circulação de zika a ter especial cuidado a fim de evitar picadas de mosquitos.

Também está chamando tanto homens quanto mulheres nessas áreas a adotar práticas sexuais seguras, incluindo o uso correto e consistente de preservativos ou praticar a abstinência. A decisão de adiar a gravidez é um direito da mulher.

A OPAS/OMS está pedindo que os países assegurem que as mulheres tenham informação completa sobre os riscos, acesso a serviços de saúde reprodutiva, incluindo contraceptivos, e informações sobre os serviços de apoio que podem esperar receber depois de dar a luz.

O Dia Mundial dos Defeitos de Nascimento foi estabelecido em 3 de março de 2015 para defender o aumento do apoio político e econômico relacionado a anomalias congênitas. Saiba mais clicando aqui.

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