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sexta-feira, 20 de maio de 2016

O que há de novo no front da saúde?

no Correio da Saúde do MP-PR

O novo Ministro da Saúde, Ricardo Barros, ao ser questionado sobre direito universal à saúde pública, afirmou que a CF só elenca direitos aos cidadãos e não traz deveres e, nesta perspectiva, não é possível “sustentar o nível de direitos que a Constituição determina”, sendo necessária uma repactuação. Barros ainda culpou a judicialização que encarece os planos de saúde (ao incluir novos procedimentos na cobertura) e defendeu que mais pessoas possam ter acesso aos planos privados, aliviando o custo para o governo(1).

As declarações do Ministro reverberaram negativamente no meio sanitário e, também, nas redes sociais, ao ponto de algumas entidades ligadas ao SUS, como ABRASCO, CEBES e COSEMS/SP, divulgarem nota de repúdio, em defesa ao direito universal à saúde (acesse aqui).

A grande repercussão e mobilização de instituições e de vários setores sociais o levou a rever, em parte, o seu posicionamento no dia seguinte. Em suas palavras: “o SUS está estabelecido, estamos atendendo o máximo de pessoas possíveis, com o maior número de procedimentos que podemos autorizar e remédios, mas evidentemente que isso é insuficiente para a proposta constitucional do SUS, que é saúde universal para todos”(2).

Veja o que disse e o que desdisse o titular da pasta 



 

1 Matéria publicada na Folha de São Paulo de 17/05/2016. 
2 Matéria publicada na Folha de São Paulo de 18/05/2016. 

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