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terça-feira, 10 de maio de 2016

Tadeu Veneri: Não se pode apagar o passado





O passado não pode ser apagado, disse o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) na sessão desta terça-feira, 10, quando subiu à tribuna da Assembleia Legislativa para responder aos ataques desferidos diariamente ao Partido dos Trabalhadores e várias de suas lideranças por aliados do governador Beto Richa (PSDB), que localizam o início de atos de corrupção no país na última década. Veneri refrescou a memória dos deputados governistas destacando que o doleiro Alberto Youssef não é um personagem novo na política.

Veneri lembrou que, em delação realizada em 2003, o doleiro entregou todo o esquema de desvio de recursos públicos da Copel para integrantes e aliados do ex-governador Jaime Lerner. “Às vezes, a memória pode trair algumas pessoas. Mas achar que a história começou hoje é muita desfaçatez”, disse Veneri.

No pronunciamento, Veneri rememorou as declarações de Youssef descrevendo a rota de desvios de recursos públicos, incluindo ex-deputados e ex-conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e ex-secretários de Lerner.

Veneri perguntou ainda se alguém já esqueceu que o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia, está sendo denunciado por corrupção. Ou que o PP é o partido com o maior número de denunciados pela operação LavaJato. “O PT está sendo cobrado hoje, e tem que ser cobrado pelos seus erros. Mas pensar que alguém pode acreditar que isso começou há oito ou dez anos atrás, é menosprezar a opinião pública. Vamos parar com esse discurso oportunista. Não podemos aceitar”, disse.

Os movimentos sociais estão e vão continuar nas ruas resistindo ao golpe contra o mandato da presidente Dilma Rousseff, disse Veneri. “Ou alguém pensa que se perde um mandato eleito com mais de 54 milhões de votos e vai para casa chorar. Isso não vai acontecer. Essas pessoas vão fazer por onde a sua vontade seja respeitada”, disse Veneri.

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