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sábado, 11 de junho de 2016

Movimentos de Saúde fazem novas ocupações contra golpista Temer

Com ocupação de prédio do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, já são quatro estados com atos contra os cortes no SUS anunciados pelos golpistas



A resistência contra a política de Saúde do golpista Michel Temer continua com novas ocupações de prédios pelo País. Nesta quarta-feira (8), foi a vez do Núcleo do Ministério da Saúde do Rio de Janeiro (RJ) ser ocupado por trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), movimentos sociais e sindicais em defesa da saúde pública, universal, gratuita e de qualidade.

A primeira ocupação ocorreu em Salvador (BA), no dia 30 de maio, depois em Belo Horizonte (MG), na sexta-feira (3), e Florianópolis (SC), nesta segunda-feira (6).

A articulação das ocupações é nacional e conta com atividades culturais e debates sobre saúde pública, o SUS e a falta de legitimidade do governo interino e golpista.

As ocupações são contra o governo golpista de Temer e o avanço da Proposta de Emenda à Constituição que permite com que o governo deixe de destinar para a saúde, educação e previdência social parte dos recursos garantidos pela Constituição Federal.

A nova proposta, aprovada em primeiro turno no Senado na última quinta-feira (2), estabelece que o governo pode remanejar para outras áreas 30% do orçamento. A medida também prorroga a vigência da emenda para até 2023 e permite que ela seja aplicada de forma retroativa, a contar de janeiro desse ano. Segundo estimativas feitas por entidades de Saúde em abril desse ano, a medida pode tirar de R$ 40 a R$ 80 bilhões da área.

“Em 25 anos de existência do SUS, está é a primeira vez que um ministro da saúde se coloca de forma tão aberta e frontalmente contrária aos fundamentos que deram vida à Reforma Sanitária Brasileira. O desmonte do SUS que esse governo ilegítimo começa a implementar exige de todos e todas uma reação rápida, consistente e duradoura”, pontuou carta aberta da ocupação em Minas Gerais.

Ocupação do Ministério da Saúde em Salvador (BA)
Foto: OcupaSUS BA

As manifestações também ocorreram durante o Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, realizado em Fortaleza (CE) na primeira semana de junho, quando o ministro golpista da Saúde, Ricardo Barros (PP-RS) foi hostilizado com protestos e gritos de “golpista”.

“Na solenidade de abertura, toda vez que se cumprimentava o ministro em público, parte dos participantes gritava palavras de ordem”, disse nota do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Abraços em defesa do SUS

Outro movimento em defesa do SUS está sendo articulado pelo movimento Saúde Popular, formado por profissionais da saúde do SUS, que organizam atos de abraços a unidades de saúde, como ocorreu em São Paulo, em Unidades Básicas de Saúde em Ermelino Matarazzo, zona leste da cidade, e na República.

Ocupa MinC

Poucas horas após o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, o golpista Michel Temer anunciou uma série de retrocessos como fim da Secretaria de Igualdade Racial; revisão do Bolsa Família; fim da Controladoria-Geral da União, além da redução do SUS. Sob o pretexto de “reduzir gastos”, acabou também com o Ministério da Cultura (MinC). A reação foi imediata:milhares de artistas ocuparam prédios públicos de todo o país e já anunciaram que não vão negociar com um governo sem legitimidade.

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