Considerações sobre o vômito do candidato Rafael Greca

Bom, sobre a escorregada do ex-burgomestre (e atual bobo-da corte) Rafael Greca muito se falou na rede, na imprensa, nas rodinhas da Boca Maldita e nas mesas dos botecos.

Quero aqui, ligeiramente, chamar atenção para um detalhe técnico que pode ter passado despercebido.

Na mesma fala em que ele vomitou preconceito contra o "cheiro de pobre", ele deixou escapar o seguinte: 

"Vamos fazer comunidades terapêuticas". 

Isto revela o espírito com que pretende abordar o Povo da Rua.

O princípio é o mesmo que ele empregou quando foi ungido pelo Jaime Lerner e virou prefeito, digo, burgomestre, no século passado.

Naquele tempo, abordava-se os moradores de rua e estes eram levados (meio que uma condução coercitiva) para serem confinados em uma dita "Fazenda Solidariedade".

Repito: o nome da fazenda era "SOLIDARIEDADE".

Confinados, eram então submetidos à famosa "terapia pelo cabo da enxada", tão ao gosto das nossas comunidades ""terapêuticas"" (as aspas são duplas mesmo) das mais variadas confissões religiosas.

Para o público externo, vendia-se a versão que estariam produzindo, entre outras coisas, ervas medicinais para uso no sistema de saúde de Curitiba. 

Ao mais puro espírito Lernista/Grequista, vendia-se a versão do panfleto como se fosse a realidade. As ervas produzidas pelo trabalho, digamos, "coercitivo" nunca chegaram a ser empregadas em uma política minimamente séria de assistência farmacêutica via fitoterapia.

Detalhe: a dita fazenda "Solidariedade" ficava... em Campo Magro! Ou seja: os moradores de rua eram deportados para além das divisas de Curitiba. (Além do que, ao meu ver, faltou um olhar minimamente atento do Tribunal de Contas sobre o heterodoxo financiamento do projeto).

Traduzindo: A política do Greca para o Povo da Rua não tem nada de solidariedade... É puro HIGIENISMO.  

Conclusão? Só vomitando mesmo...