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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Estudo da UnB aponta que quem recebe a transferência de renda tem 5,4 pontos percentuais a mais de chance de melhorar da doença

artigo publicado em 19/03/2015 - dica do Antonio Carlos Torrens
Combater a pobreza também é investir na saúde da população. Este é o resultado da pesquisa inédita da mestranda em epidemiologia das doenças infecciosas e parasitárias da Universidade de Brasília (UnB), Ana Wieczorek Torrens.

A tese de mestrado "O impacto do Bolsa Família na cura da tuberculose" comparou um grupo formado por pessoas diagnosticadas com a doença e beneficiárias do Bolsa Família com outro composto de beneficiários incluídos no programa após o encerramento do tratamento. “A proporção de cura entre os beneficiários do Bolsa Família foi 86%, 5,4 pontos percentuais acima do grupo não exposto ao benefício durante o tratamento”, destacou Ana, que trabalha como fisioterapeuta epidemiologista no Ministério da Saúde.

“Essa melhoria é estatisticamente significativa”, explicou a pesquisadora. Segundo a mestranda, a nova estratégia de controle da tuberculose recomenda a proteção social para os pacientes com tuberculose. O estudo é o primeiro achado da efetividade da transferência de renda condicionada na cura da doença. “A tuberculose é uma doença relacionada à pobreza, os casos se concentram em populações mais vulneráveis. E a transferência de renda condicionada se torna uma possibilidade para melhorar a adesão ao tratamento”, explicou.

O estudo cruzou dados entre o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinane), o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e a folha de pagamento do Bolsa Família da Caixa Econômica Federal, durante o ano de 2010. Segundo o Ministério da Saúde, a tuberculose é sério problema da saúde pública no Brasil. São notificados aproximadamente 70 mil novos casos a cada ano e 4,6 mil pessoas morrem em decorrência da doença. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Nos últimos 17 anos, a doença apresentou queda de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na taxa de mortalidade.

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