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domingo, 12 de março de 2017

CNS aprova resolução que cria diretrizes curriculares para graduação em Saúde Coletiva


Por unanimidade, o Plenário do Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou nessa sexta-feira (10/3), durante a 291ª Reunião Ordinária, resolução que define as diretrizes curriculares para graduação superior em Saúde Coletiva. O documento aprovado seguirá para homologação do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Após a homologação, será necessária aprovação do Conselho Nacional de Educação (CNE) para as diretrizes curriculares entrarem em vigor.


A resolução traz nota técnica elaborada pelo grupo de trabalho da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos e Relações de Trabalho (CIRHRT) do CNS, criado para discutir diretrizes curriculares nacionais na área da saúde com o objetivo de adequar a formação profissional às necessidades da população. Esse grupo é formado por representantes dos usuários, dos trabalhadores e dos gestores do SUS.

A principal mudança pretendida com a criação das diretrizes curriculares é a de que o estudante possa cursar Saúde Coletiva já na graduação. Hoje os profissionais da área que atuam no país tiveram essa formação apenas na pós-graduação.

Para o coordenador-adjunto da CIRHRT, Danilo Aquino Amorim, essa mudança permitirá uma formação mais sólida para os profissionais da área, além de atrair mais estudantes para cursarem Saúde Coletiva. “Essa mudança é uma antiga demanda dos gestores do SUS, que agora está sendo atendida pelo Conselho Nacional de Saúde. Não tenho dúvidas que o fortalecimento dessa graduação vai trazer grandes resultados para o SUS”, acrescentou Amorim.

Segundo ele, o profissional de Saúde Coletiva, também conhecido como sanitarista, atua em diversas áreas, como na atenção básica, no planejamento, em vigilância epidemiológica, auditoria, na proposta de projetos terapêuticos, no diálogo sobre as necessidades sociais, no controle social, e também na ponta junto com os demais profissionais da saúde.

A aprovação da resolução foi bem recebida também pela professora Leonor Pacheco, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB). Segundo ela, para se formar em Saúde Coletiva o estudante precisava se graduar em alguma profissão, não necessariamente da área de saúde, e depois fazer uma especialização ou pós-graduação em Saúde Coletiva. “Então é muito tempo para a gente ter esse profissional formado. E com essa mudança que estamos propondo abreviamos o tempo para que tenhamos um profissional graduado apto a atuar no SUS.

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