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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Nota do SindSaúde-PR em resposta ao pronunciamento da Sesa sobre as atividades da Farmácia Especial de Curitiba

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O bom patrão é aquele que resolve o problema, não o que tenta se desvencilhar da culpa. Mas fugir da responsabilidade foi o que a Secretaria Estadual de Saúde fez após a divulgação de uma reportagem sobre as longas filas da Farmácia Especial, em Curitiba. Em nota direcionada à RPC-TV e ao site G1, a Secretaria atribui a espera de até cinco horas pelo atendimento ao atraso de alguns servidores na hora de comparecer ao trabalho. Essa afirmação pode ser caracterizada como injúria e difamação da equipe. O SindSaúde avalia que a resposta dada usa de má-fé da gestão que sabe que o real problema é a falta de equipe em contingente necessário para o atendimento.

De acordo com a Sesa, cinco guichês faziam o atendimento na última terça-feira, dia 9 de janeiro. É humanamente impossível com o tamanho da atual equipe prestar atendimento digno a um número de usuários que chega a mil pessoas/dia. Vale dizer que os medicamentos distribuídos são de custo elevado, precisam ter controle minucioso da distribuição. O processo de trabalho não consiste somente na entrega de medicamentos.


A carência de pessoal é um dos fatores que geram o alto tempo de espera. Um público com essas proporções deveria ser atendido por dezenas de servidores. Isso não ocorre porque existe uma grave falta de pessoal.

Déficit que já poderia ter sido sanado. Em 2016 foi realizado concurso público, mas a Sesa chamou poucos profissionais. Para todo Estado foram chamados apenas 22 assistentes de farmácia. O número de farmacêuticos chamados foi 60. Mas esses foram lotados em hospitais, na rede de sangue, no laboratório e em outros setores. Para toda a 2ª. Regional de Saúde, que envolve Curitiba e Região Metropolitana, foram chamados sete assistentes de farmácia e 17 farmacêuticos nomeados para Curitiba, apenas uma servidora foi destinada especificamente para a Farmácia Especial. É o que consta no portal da transparência do governo.

Um contingente que refresca, mas que de maneira alguma poderá solucionar o problema.

Agravante - Desde abril de 2017, quando o Centro Regional de Especialidades – CRE – Kenedy foi fechado, e os pacientes migraram pra o centro da capital, o Sindicato tem alertado para a superlotação na Farmácia Especial da Avenida Marechal Floriano. As filas, mais uma vez flagradas pela imprensa, se tornaram uma rotina na unidade, que passou recentemente por uma ampliação e foi inaugurada em novembro de 2016.

Na época da inauguração a promessa era a de que o prédio resolveria todos os problemas. O que dá para perceber é que houve falta de planejamento por parte da Secretaria. Não é possível que exista margem para tamanho erro. Como pode uma obra que antes dos dois anos de vida já precise de ampliação?!

O SindSaúde-PR não aceita mais esse desrespeito da Sesa. Mais essa tentativa de colocar nas costas das/dos servidoras/es a culpa pela falta de eficiência da gestão.

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