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A Associação Brasileira dos Lesados por Seguradoras surgiu do inconformismo de algumas das centenas e centenas de vítimas de uma ardilosa quadrilha, formada por seguradoras, empresas reguladoras, advogados e policiais corruptos, unidos no esquema criminoso que passaremos resumidamente a descrever:
1) Quando um veículo segurado é roubado, a seguradora tem um prazo de 30 dias para o pagamento do prêmio do seguro.
2) Neste período, a seguradora contratava os serviços de uma empresa (reguladora) para investigar o roubo do veículo. A reguladora era remunerada da seguinte forma: - recebia um valor fixo em torno de R$ 150,00, por investigação improdutiva, ou seja, sem qualquer irregularidade; - recebia 20% do valor do veículo caso apresentasse informações para negar o pagamento do prêmio, esse percentual era aumentado de acordo com a quantidade de "casos" que a reguladora conseguisse, num claro incentivo que "casos" fossem inventados.
3) As reguladoras, incentivadas pelas próprias seguradoras e independentemente do resultado da investigação, procuravam o segurado, afirmando que haviam sido descobertos indícios de fraude e que ele além de não ser indenizado, seria processado criminalmente por estelionato, salvo renunciasse por escrito do direito ao pagamento da apólice.
4) Caso o segurado não cedesse às ameaças constantes, era aberto um inquérito policial, por estelionato na modalidade de fraude contra seguro, elaborado por um advogado que curiosamente representava todas as seguradoras envolvidas, o Dr. Carlos Alberto Manfredini, que por acaso já havia respondido a pelo menos cinquenta e seis inquéritos policiais .
5) Estes inquéritos eram instruídos com xerox de documentos de compra e venda do veículo em território paraguaio, dias antes da comunicação do roubo do veículo, na maioria dos casos. Mas haviam outros tipos de documentos falsificados utilizados neste propósito.
6) Todos esses inquéritos, também por estranha coincidência, eram encaminhados ao 27º DP e recebidos também coincidentemente pelo mesmo escrivão, Geraldo Pecatiello Junior.
7) Todo aparato policial era utilizado pelas seguradoras, como viaturas que iam a campo para difamar, ameaçar e amedontrar segurados, muitas vezes utilizando interrogatórios infames, dignos dos piores anos da ditadura. Tudo com o único propósito de obter a renúncia da apólice de seguro.
8) O Ministério Público, na maioria dos casos, arquivou os inquéritos pela fragilidade das provas, mas a procrastinação, ou seja, a demora como a delegacia dirigia o inquérito, resultava que, após comprovada a inocência do segurado, ele não poderia mais receber o prêmio, por estar prescrito por lei. Foi deste expediente infame que as seguradoras uniram-se à pessoas igualmente desonestas, com o mesquinho propósito de aumentar seu fluxo de caixa, destruindo a vida de pessoas inocentes, algumas por falha da justiça cumpriram pena, ou ainda hoje respondem a processos criminais, além do óbvio prejuízo material dos veículos que julgavam protegidos por empresas honestas.Há inquéritos deste esquema desde 1997, e nos últimos quatro anos uma árdua batalha foi travada por poucos cidadãos ( vítimas, seus familiares, advogados) que não se corformaram e arriscaram suas vidas, para provar a justiça que disfarçados por uma aparente idoneidade, infelizmente muitos canalhas se locupletam.
Contamos também com a sorte de cruzarmos com uma pessoa íntegra, honesta e extremamente competente cujo único temor é que justiça não seja cumprida, a Excelentíssima Juíza Corregedora do DIPO Doutora IVANA DAVID BORIERO.
Obtivemos também grande ajuda de jornalistas corajosos que muitas vezes agiram por conta própria em busca da verdade entre eles: AGOSTINHO TEIXEIRA; ALEXANDRE HISAYASU e ADAUTO GOMES.
E agora com certeza da punição de todos os envolvidos, todos nós vítimas do "golpe do seguro", devemos nos unir em busca de todos os direitos, que nos foram violentamente roubados.
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