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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Formandos participam novamente de colação e "encobrem" alunos acusados de baderna


19/12/2008 | 17:57 | FÁBIO LUPORINI, COM INFORMAÇÕES DE FERNANDO ARAÚJO (Jornal de Londrina)

Os 14 alunos de Medicina, que teriam sido identificados por câmeras de segurança por provocarem uma bagunça no Hospital Universitário (HU), no dia 20 de novembro no Pronto Socorro , colaram grau na tarde desta sexta-feira (19) no anfiteatro do HU em Londrina, por determinação judicial. Na sexta-feira passada eles foram impedidos pela universidade de colarem grau com o restante da turma.

Em uma atitude de apoio aos envolvidos no episódio, todos os alunos da turma do último ano do curso de Medicina, inclusive os que já colaram grau na sexta-feira passada (12), compareceram juntos à solenidade de formatura para os 14 estudantes. A manobra teve como objetivo impedir a identificação dos que tiveram a formatura suspensa. Quando reitor Wilmar Marçal pediu que os formandos se levantassem para o juramento, novamente todos os alunos, incluindo os já formados, se levantaram. Na hora de entregar o diploma, mais uma vez, todos foram receber o documento.


No discurso, o reitor reiterou que se um dos 14 estudantes continuar na universidade, seja como residente ou como aluno de pós-graduação, o processo administrativo deve ser mantido. Apesar de a cerimônia ter sido tranqüila, reações nervosas contra a imprensa marcaram o final da cerimônia. Pais e alunos xingaram e discutiram com repórteres logo depois da solenidade.

Punição

Os estudantes foram filmados por câmeras de segurança do hospital. As imagens mostram os acadêmicos com apitos e bebidas alcoólicas durante festa em comemoração à conclusão de estágio. Funcionários do hospital ouviram disparos de rojão no estacionamento do estabelecimento. Em razão disto, eles tiveram a formatura suspensa . No entanto, a decisão foi revertida na Justiça e a solenidade foi realizada a partir das 17 horas desta sexta-feira.

A colação de grau foi determinada pelo juiz da5ª Vara CívelMário Nini Azzolini, em liminar concedida no início da noite de quarta-feira (18). Primeiramente os estudantes tentaram reverter a decisão na sexta-feira passada(12), mas o próprio Azzolini não analisou o pedido dos estudantes alegando não ser o mandado de segurança o instrumento adequado para recorrer da decisão da UEL, de suspender a formatura dos estudantes.

Em sua decisão, após analisar as imagens captadas por câmeras internas do HU, Azzolini acatou os argumentos de que não é possível identificar claramente os 14 estudantes como os responsáveis pela confusão no HU durante a comemoração pelo fim do curso e que há muito mais estudantes envolvidos no episódio.

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