No primeiro dia de sessões da Câmara, discursos dos vereadores deixam claro que aliados vão tentar evitar que denúncias prejudiquem a imagem do prefeito
GP Online| Caroline Olinda
O discurso de abertura do ano legislativo feito ontem pelo líder da prefeitura na Câmara de Curitiba, Mario Celso Cunha (PSB), deu o tom do que deve ser a principal preocupação dos vereadores da base de apoio de Beto Richa (PSDB) em 2009: proteger o prefeito contra denúncias que possam atingir a administração municipal.
“Eu aqui faço um alerta à bancada de apoio ao prefeito, um alerta aos funcionários: há um jogo de interesse muito forte”, disse Mario Celso, na sessão de abertura dos trabalhos da Câmara neste ano. “Atacam a administração, criam factoides, tentam combater a forte popularidade do Beto e muitas outras coisas vão ser plantadas porque há muitos interesses em jogo e querem de toda forma denegrir a imagem do prefeito”, disse o vereador se dirigindo a Richa, que estava na Câmara.
O presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), não foi tão enfático na necessidade de proteger Richa, mas lembrou que o trabalho de parceria entre a prefeitura e o Legislativo deve continuar. Em seu discurso, Derosso lembrou que os poderes são independentes, mas que seria interessante manter o entrosamento da legislatura passada também no novo mandato.
Os recados enviados pelo líder do governo e pelo presidente da Casa aos membros da base governita se justificam. Apenas nos dois primeiros meses deste ano já foram levantadas várias suspeitas contra a prefeitura de Curitiba.
A última delas está relacionada à Construtora Iguatemi, que mesmo depois de ter sido retirada de uma licitação por apresentar documentos falsos teria participado, e vencido, outros processos licitatórios municipais, conforme denunciou no último domingo o colunista Celso Nascimento, da Gazeta do Povo. Richa negou a acusação. Disse que a construtora nunca venceu nenhuma licitação.
A gestão da Urbs, órgão que administra o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba, também está sendo questionada. O Ministério Público abriu uma investigação, a pedido da oposição, para averiguar se o valor da tarifa de ônibus é justo. Além disso, em 2005, a empresa gastou R$ 270 mil, sem fazer licitação, para comprar combustível. E o Tribunal de Contas também acusa a Urbs de não pagar alguns encargos sociais em 2006.
Outro questionamento foi em relação à licitação para a iluminação pública da cidade. O valor proposto pela prefeitura seria bem maior do que o pago atualmente.
Os questionamentos à administração Richa apareceram ao mesmo tempo em que fica mais provável a candidatura do prefeito ao governo do estado em 2010. Apesar disso, o prefeito disse preferir não acreditar que haja uma relação entre as denúncias e a eleição do ano que vem. “Eu quero crer que não seja isso. Porque, se for assim, realmente, é um jogo muito rasteiro”, disse o prefeito.
GP Online| Caroline Olinda
O discurso de abertura do ano legislativo feito ontem pelo líder da prefeitura na Câmara de Curitiba, Mario Celso Cunha (PSB), deu o tom do que deve ser a principal preocupação dos vereadores da base de apoio de Beto Richa (PSDB) em 2009: proteger o prefeito contra denúncias que possam atingir a administração municipal.
“Eu aqui faço um alerta à bancada de apoio ao prefeito, um alerta aos funcionários: há um jogo de interesse muito forte”, disse Mario Celso, na sessão de abertura dos trabalhos da Câmara neste ano. “Atacam a administração, criam factoides, tentam combater a forte popularidade do Beto e muitas outras coisas vão ser plantadas porque há muitos interesses em jogo e querem de toda forma denegrir a imagem do prefeito”, disse o vereador se dirigindo a Richa, que estava na Câmara.
O presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), não foi tão enfático na necessidade de proteger Richa, mas lembrou que o trabalho de parceria entre a prefeitura e o Legislativo deve continuar. Em seu discurso, Derosso lembrou que os poderes são independentes, mas que seria interessante manter o entrosamento da legislatura passada também no novo mandato.
Os recados enviados pelo líder do governo e pelo presidente da Casa aos membros da base governita se justificam. Apenas nos dois primeiros meses deste ano já foram levantadas várias suspeitas contra a prefeitura de Curitiba.
A última delas está relacionada à Construtora Iguatemi, que mesmo depois de ter sido retirada de uma licitação por apresentar documentos falsos teria participado, e vencido, outros processos licitatórios municipais, conforme denunciou no último domingo o colunista Celso Nascimento, da Gazeta do Povo. Richa negou a acusação. Disse que a construtora nunca venceu nenhuma licitação.
A gestão da Urbs, órgão que administra o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba, também está sendo questionada. O Ministério Público abriu uma investigação, a pedido da oposição, para averiguar se o valor da tarifa de ônibus é justo. Além disso, em 2005, a empresa gastou R$ 270 mil, sem fazer licitação, para comprar combustível. E o Tribunal de Contas também acusa a Urbs de não pagar alguns encargos sociais em 2006.
Outro questionamento foi em relação à licitação para a iluminação pública da cidade. O valor proposto pela prefeitura seria bem maior do que o pago atualmente.
Os questionamentos à administração Richa apareceram ao mesmo tempo em que fica mais provável a candidatura do prefeito ao governo do estado em 2010. Apesar disso, o prefeito disse preferir não acreditar que haja uma relação entre as denúncias e a eleição do ano que vem. “Eu quero crer que não seja isso. Porque, se for assim, realmente, é um jogo muito rasteiro”, disse o prefeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário