A análise do peso da herança racista dentro das instituições públicas faz parte do conteúdo do Relatório das Desigualdades Raciais no Brasil. O documento será apresentado na próxima quarta-feira (25), em Recife (PE). A maioria dos dados apresentados no material foi retirado de órgãos governamentais e tem como base a análise do período de 2007 a 2008.
O relatório mostra como a população negra morre mais cedo, possui menos anos de estudo, ganha menores salários e está inserida em empregos informais.
Chama a atenção também, a análise dos casos de racismo julgados no Brasil entre os anos de 2005 a 2006. O estudo compreendeu 85 casos que foram levados à Justiça e 40% foram considerados improcedentes, ou seja, nem foram julgados.
Segundo a conselheira gestora do Observatório Negro, Ana Paula Maravalho, o fato demonstra com a Justiça no Brasil não reproduz ainda as determinações do Estado brasileiro.
“Analisando a maneira como a Justiça brasileira trata o crime de racismo é que a gente percebe que, apesar de a teoria da democracia racial já ter sido ultrapassada oficialmente pelo governo brasileiro, ela ainda vigora nas pessoas que têm a obrigação de representar o Brasil dentro destas instituições. Essas pessoas ainda estão pautadas na sua vida profissional, ou seja, exatamente onde elas precisam aplicar das determinações do Estado brasileiro, elas se pautam por uma ordem que não é mais assumida pelo Brasil.”
A integrante afirma que as instituições públicas brasileiras ainda não assumiram o compromisso da luta contra o racismo. Segundo ela, a Educação, a Justiça, a Saúde e a Polícia foram fundadas em torno de uma ordem racista que ainda é difundida.
De São Paulo, da Radioagência NP, Juliano Domingues.
O relatório mostra como a população negra morre mais cedo, possui menos anos de estudo, ganha menores salários e está inserida em empregos informais.
Chama a atenção também, a análise dos casos de racismo julgados no Brasil entre os anos de 2005 a 2006. O estudo compreendeu 85 casos que foram levados à Justiça e 40% foram considerados improcedentes, ou seja, nem foram julgados.
Segundo a conselheira gestora do Observatório Negro, Ana Paula Maravalho, o fato demonstra com a Justiça no Brasil não reproduz ainda as determinações do Estado brasileiro.
“Analisando a maneira como a Justiça brasileira trata o crime de racismo é que a gente percebe que, apesar de a teoria da democracia racial já ter sido ultrapassada oficialmente pelo governo brasileiro, ela ainda vigora nas pessoas que têm a obrigação de representar o Brasil dentro destas instituições. Essas pessoas ainda estão pautadas na sua vida profissional, ou seja, exatamente onde elas precisam aplicar das determinações do Estado brasileiro, elas se pautam por uma ordem que não é mais assumida pelo Brasil.”
A integrante afirma que as instituições públicas brasileiras ainda não assumiram o compromisso da luta contra o racismo. Segundo ela, a Educação, a Justiça, a Saúde e a Polícia foram fundadas em torno de uma ordem racista que ainda é difundida.
De São Paulo, da Radioagência NP, Juliano Domingues.
Nenhum comentário:
Postar um comentário