Vejam como foi fácil a resposta da Prefeitura de Curitiba, para o problema da nossa comunidade. Não pedimos para ser atendidos pela PMC, pois a mesma é parte interessada em não expor o caso. Solicitamos ao Estado do Paraná, que licenciou o Lixão e como a PMC, nunca pisou no entorno para saber se estávamos passando bem. Esta resposta da ouvidoria do Estado, não vai ficar como um simples deixa pra lá, queremos ouvir o secretário de estado. Temos o direito e eles a obrigação.
Vamos levar o caso a frente, pois uma resposta de um diretor que nem esteve in loco para conhecer a área, e nega os números que nunca mandou levantar, não pode passar em branco. Que se explique também, o secretário estadual de saúde, a comunidade que contribui com impostos, espera o seu pronunciamento.
Jadir
Ouvidoria em 19/03/2009
Agradecemos a confiança depositada nesta Ouvidoria, ressaltando que a participação do cidadão é fundamental no aprimoramento da qualidade dos
serviços públicos.
Temos a informar segundo Sezifredo Paz – Diretor do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde – que todas as ações propostas pelo VIGIAR dizem respeito a procurar estabelecer uma relação entre exposição aos poluentes atmosféricos e os efeitos deletérios à saúde.
Para estabelecimento dessa relação e conseqüente avaliação dos riscos à saúde decorrentes dessa exposição é imprescindível que a execução dessas ações devam ter como premissa à atuação interdisciplinar e intersetorial, haja vista os diferentes setores que atuam ou estão relacionados direta ou indiretamente nessas questões.
Assim, as ações de vigilância da qualidade do ar desenvolvidas pelos diversos países, têm como propósito, proteger a saúde das populações a partir de dados de monitoramento de poluentes ambientais e dos indicadores de saúde.
Nesse sentido a rede de monitoramento da qualidade do ar, no estado do Paraná, é de competência do órgão ambiental - IAP. Já os indicadores de saúde são de responsabilidade da Secretaria da Saúde, através do Centro de Epidemiologia.
Entretanto, não recebemos do órgão ambiental nenhuma informação ou advertência de que estivesse ocorrendo alguma alteração significativa nos valores dos parâmetros avaliados através das suas estações de monitoramento.
Por outro lado, o setor de Epidemiologia não tem registro ou evidência do aumento de doenças respiratórias, fora do esperado.
Em relação ao número de casos de hepatite no bairro da Caximba, informamos que temos registrados no sistema de informação de Agravos de Notificação ( SINAN) do ano de 2008, três casos de hepatite A. A distribuição das hepatites virais é endêmica em nosso município
Colocamo-nos à disposição para eventuais dúvidas através do 0800 644 4414, de segunda à sexta - feira das 08:00 às 18:00.
Respondido por Karla.
Resposta do Jadir
Gostaria que o pedido fosse novamente analisado, visto que conforme as leis vigentes o Estado é sim responsável pelos acontecimentos aqui ocorridos. Lembramos, que o licenciamneto foi assinado pelo ESTADO.
Aguardo resposta!
Ouvidoria, em 13/01/2009
Com referência ao tema tratado, informamos que sua denúncia é de competência do município de Curitiba, favor entrar em contato no telefone 0800 6440041.
Esclarecemos que, em caso de dúvida, o telefone 0800 644 4414 estará à sua inteira disposição de segunda a sexta-feira das 08:00 às 18:00 horas.
Devida importância do assunto, e como ainda não obtivemos resposta por parte do VIGIAR, estamos recorrendo a ouvidoria.
Caros Senhores!
Chegou a hora de conhecer, intervir, agir e demonstrar que a descoberta do VIGIAR não é apenas um acaso para a comunidade da Caximba.
Nosso problema, esta muito próximo de vocês, aqui mesmo na capital ecológica do Brasil, apesar de nós, moradores do Bairro Caximba, acharmos que a propaganda é sim a alma do negócio para a promoção pessoal de administrações públicas imcompetentes. Esta falsa propaganda vendida na mídia, esconde a realidade de uma comunidade violentada no seu direito sagrado de ter uma saúde digna. Nosso caso, é sem dúvida um grave descaso das autoridades para com o assunto saúde pública.
Bairro da Caximba em Curitiba, extremo sul da cidade, divisa de municípios Curitiba, Fazenda Rio Grande e Araucária, onde em 1989 sem maiores preocupaçoes com o ser humano foi instalado um aterro sanitário. A população no entorno, com residências a menos de 50 metros da cerca onde se deposita o lixo, e que hoje recebe todos os tipos de lixo, pois não existe a vontade das autoridades para que isso não aconteça, convive já a 19 anos com vários tipos de agentes poluidores. Forte odor do lixo, que passa os finais de semana descoberto e até possibilita a crianças e adultos a disputa com os urubus por um pedaço de alguma coisa, o gas metano, que queima nos flats e o que escapa sem queimar e que mesmo sem ser convidado invade nossas casas e os nossos pulmões. O forte odor de amoníaco vindo do chorume que não é tratado como deveria. Nosso posto de Saúde, não tem um atendimento especializado para casos relacionados a problemas vindos do lixão. Nossa creche municipal, onde nossas crianças passam o dia, fica a 100 metros do lixo, do gas, do chorume. Mas segundo a superintendente da SMMA relatou em entrevista a rede globo, o metano não é nocivo a saúde, tanto que os próprios funcionários do lixão trabalham sem proteção alguma. Caso contraia alguma doença, a empresa apenas demite o funcionário como aconteceu com o Sr. João dos Anjos, vítima de doença respiratória grave e que trabalhou por 13 anos em cima do lixo. Demitido enquanto estava afastado por atestado médico e que encontra-se hoje em situação precária.
Depois deste breve e cansativo relato, vou colocar a vocês alguns números levantados pela própria comunidade, isto em função de que nestes quase vinte anos de utilização do lixão, a empresa que deposita o lixo e nem mesmo a administração municipal realizou levantamentos em área alguma no bairro, conseguiram realizar nada em termos de educação ambiental, e nada foi investido na área social.
Realizamos um levantamento, ainda em andamento, mas que ja apontou números preocupantes. Em sete residências visitadas, constatamos 13 casos de aborto. Em cinco casas visitadas foram comprovados 8 casos de hepatite.
Não temos dúvidas, fato que números não escondem, que estamos sendo vítimas do lixão da capital ecológica do Brasil, e a partir de hoje esperamos novas ações, novas atitudes e nossa esperança é que venha diretamente do Governo do Estado do Paraná, isto dito em função da confiança por nós depositada no nosso Governador.
Jadir Silva de Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário