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sábado, 8 de agosto de 2009

Justiça bloqueia contas que ligam Alston ao tucanato

no blog do Campana (transcrito do Josias de Souza Folha Online)

DolaresAtoGauderio

O esqueleto da multinacional Alston, que assombra o PSDB paulista, voltou a se remexer no armário (aqui e aqui).

A pedido do Ministério Público, a Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de duas contas bancárias abertas na Suíça e atribuídas a pessoas ligadas ao tucanato. Uma das contas estaria em nome de Jorge Fegali Neto, ex-secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo e irmão do presidente do Metrô.

A conta atribuída a Fagali Neto recebeu perto de R$ 20 milhões. Dinheiro de propina, sustenta o Ministério Público, procedente da Alston. Foi irrigada até setembro de 2003. Hoje, teria um saldo remanescente estimado em US$ 7,5 milhões, o que equivale a R$ 13,7 milhões.

A segunda conta, informa a promotoria, estaria em nome de Robson Marinho. Vem a ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. No governo tucano de Mário Covas (1995-1999), Marinho era secretário de governo. O saldo dessa conta é estimado em R$ 2 milhões.

Fagali Neto e Robson Marinho negam que mantenham dinheiro depositado no exterior. O par de contas já havia sido bloqueado pelo Ministério Público da Suíça. A decisão da Justiça brasileira tem o objetivo de evitar o desbloqueio.

De resto, abre-se o caminho para que o Ministério Público e a Justiça do Brasil requeiram a repatriação dos recursos. Os negócios da Alston começaram a ser esquadrinhados em investigação aberta na Suíça.

No Brasil, a apuração envolve um contrato para a modernização de uma subestação de energia no centro de São Paulo. Coisa de R$ 110 milhões. O Ministério Público obteve cópia de correspondência trocada entre dois executivos do Grupo Alstom, sediado na França. Escrito em francês, o texto indica que o fechamento do negócio teria sido condicionado ao pagamento de 7,5% de comissão.

O documento anota que a remuneração se destinaria às finanças do partido, ao tribunal de contas e ao secretariado de energia. O texto atribui a negociação a um secretário do governador de então, Mário Covas. Traz entre parênteses as iniciais RM. Para a Promotoria, RM é Robson Marinho, ex-secretário de Covas e atual conselheiro do Tribunal de Contas estadual.

COMENTÁRIO: Quando vejo Álvaros, Virgílios, Serras, Jereissatis, Aloízios e assemelhados ocupando a tribuna e se portando como verdadeiras vestais, me lembro de pronto do meu avô, que certamente diria:
"São virgens com gonorréia"

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