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domingo, 18 de outubro de 2009

Imperial Tobacco destruiu pesquisa ligando cigarro ao câncer, diz periódico médico

da France Presse, em Montreal

A companhia canadense Imperial Tobacco destruiu dezenas de documentos que ligavam o hábito de fumar ao câncer, revelou nesta quinta-feira (15) o jornal da Associação Médica Canadense, afirmando possuir cópias do material.

Segundo o artigo, a pedido da casa matriz britânica, a Imperial Tobacco Canadá destruiu em 1992 o total de 60 estudos, realizados entre 1967 e 1984, que concluíam que o cigarro produz câncer.

Os pesquisadores encontraram cópias dos estudos destruídos revisando cerca de 7 milhões de páginas de documentos da British American Tobacco, publicados como parte de um processo judicial que correu nos Estados Unidos.

"A indústria havia realizado pesquisas que demonstraram que o cigarro é tóxico, que provoca câncer", e ao mesmo tempo disse em público que não havia qualquer prova neste sentido, destaca um dos autores do artigo, o professor David Hammond, da Universidade de Waterloo (Ontário).

Assim, a indústria também sabia, há tempos, que o tabagismo passivo era tóxico e potencialmente cancerígeno. "Naquela época, eram praticamente os únicos a ter esta prova".

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