domingo, 7 de março de 2010
Promotor Blat denuncia à imprensa em 2 eleições seguidas, mas não denuncia à justiça
O promotor José Carlos Blat, já foi à TV falar contra a Bancoop em 2007.
Em 2008, pouco antes das eleições, fez uma turnê pelos canais de TV dando entrevistas, deitando falação de novo, repetindo a mesma coisa.
Ontem, estava no Jornal Nacional mais uma vez, repetindo o que disse em 2006 e 2008. Por coincidência estamos na “temporada de caça” eleitoral de novo.
Mas Blat não apresentou até hoje denúncia à justiça para abrir processo, que é o que interessa no trabalho de um promotor. Ele recebe salários do Estado para defender o cidadão acionando os tribunais, e não as câmeras de TV’s.
No Jornal Nacional diz “vai apresentar a denúncia à justiça só daqui a uns 3 meses”. Logo ele não tem em mãos fundamentos suficientes ainda para apresentá-la e está falando demais antes da hora, como falou demais em 2007 e 2008, sem acionar os tribunais ainda, 3 anos depois.
Se ele não consegue apresentar uma única denúncia fundamentada que seja, desde 2007, ou é porque não tem fundamento o que ele diz, ou tem alguma coisa errada em seu trabalho.
Para uma pessoa que ocupa um cargo de promotor, lugar de fazer denúncia é nos tribunais e não na imprensa. Denúncia na imprensa é coisa para políticos e jornalistas.
É muito grave um promotor fazer acusações na imprensa sem abrir processo na justiça, por dois motivos:
1) É uma irresponsabilidade tão grande quanto apontar o dedo para uma pessoa e incitar a multidão a linchá-la, sem sequer ter certeza de que seja culpada.
2) parece omissão ao não tomar providências nos tribunais apropriados.
Quando esse denuncismo acontece há 3 anos seguidos em ano eleitoral, sem que maiores providências sejam tomadas nos tribunais, é impossível deixar de suspeitar da atuação política do promotor, gerando escândalos infundados com fins de influir nas eleições.
Promotores sérios com Rodrigo De Grandis (da Satiagraha) são discretos diante da imprensa. Age rápido, denuncia e processa muito, e fala pouco. Quando fala, geralmente é após denunciar à justiça.
Em tempo: A Corregedoria do Ministério Público de São Paulo investigou Blat pela suspeita de tentar livrar-se de multas no DETRAN, e por um carro oficial do Gaeco – de que ele fazia parte – ter sido apreendido fora da cidade de São Paulo, com um criminoso ao volante.
A “denúncia” de Blat foi capa na Cloaca Máxima e saiu na primeira página da Folha (*) deste domingo.
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