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sexta-feira, 30 de abril de 2010

O “efeito-estufa” no cérebro do embaixador



Como os sites brasileiros não publicaram nada, exceção feita ao DCI, a gente conta aqui a inacreditável história da declaração do embaixador americano no México, Carlos Pascual. O cidadão na foto acima, ao participar de um forum ambiental, disse que, pelo menos, a mudança climática iria ajudar os Estados Unidos a resolverem seu problema de relacionamento com Cuba, porque a elevação do nível dos oceanos ia fazer a ilha desaparecer sob o oceano.

“Não precisamos nos preocupar tanto nos Estados Unidos com Cuba, porque o ambiente vai eliminar o problema por nós”, disse o “diplomata” – porque só entre aspas para chamar isso de diplomacia -, acrecentando que “Fidel Castro pode viver mais 50 anos e não tem poderes que nós nem conhecemos até agora” porque talvez seja debaixo d´água que os norteamericanos irão resolver seus problemas com ele.

Uma coisa como esta dá idéia da falta de seriedade com que não apenas a questão climática é tratada, como com quanto ódio setores do governo norteamericano encaram a normalização das relações diplomáticas com Cuba. Fosse ou não uma brincadeira, é inadmissível um representante diplomático tratar assim um país.

Ou, quem sabe, o rancor por 50 anos de frustração em derrubar o regime cubano – nem é preciso discutir aqui seus acertos e erros – funciona como uma espécie de “efeito-estufa” no cérebro da direita americana, que derrete sua capacidade de pensar serenamente e e portar-se de maneira civilizada.

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