Jovens de bairros nobres de Maringá estudavam de graça em faculdade onde têm parentes
Três jovens moradoras de bairros nobres de Maringá, norte do Paraná, estavam entre os beneficiários da bolsa integral do ProUni, programa federal para universitários carentes.
Segundo reportagem exibida pelo "Fantástico" ontem, as três — Belisa Stival, Camila Colombari Medeiros e Milena Lacerda Colombari — são alunas do quarto ano de medicina da faculdade particular Uningá e, desde 2008, estudam de graça lá, deixando de pagar, juntas, quase R$ 300 mil em mensalidade.
As jovens moram em casas com carros na garagem, um deles de R$ 55 mil, e têm parentes na faculdade. Belisa é filha de Ney Stival, diretor de ensino da Uningá. Camila é filha de Vânea Colombari, coordenadora de cursos profissionalizantes. Milena é sobrinha de Vânea.
Procurada, Milena — cuja casa tem piscina — disse que "este ano até a gente passou por dificuldades. Nem viagem para a praia a gente não foi". Para obter a bolsa integral do ProUni, o principal requisito é comprovar que a renda mensal familiar, por pessoa, não passa de um salário mínimo e meio (R$ 765).
Ricardo Benedito de Oliveira, diretor geral da faculdade, afirmou que havia bolsas sobrando. Segundo o "Fantástico", o Ministério da Educação informou que as bolsas foram canceladas, e que as jovens devem responder judicialmente pelos atos.
COMENTÁRIO: O curso de Medicina da UNINGÁ ainda não foi reconhecido pelo MEC, é mais um daqueles cursos implantados "na marra", procurando apresentar o fato consumado, de forma a pressionar a aprovação do MEC.
Como se vê: alunos e dirigentes foram feitos uns para os outros... nada mais adequado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário