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terça-feira, 11 de maio de 2010

Eugenia: um dos alicerces do nazismo


no Portal Luís Nassif

Do Blog de Zanuja Castelo Branco

Indico a leitura do texto "Quando a plutocracia demoniza os fracos" no site Vi o Mundo. Fala sobre o início da eugenia nos EUA nos anos 30 e 40 e como essa praga se espalhou pela Europa, Asia e outros continentes. Li sem quase respeirar esse texto que faz parte do livro "War Against the Weak", de Edwin Black. Estou chocada, mas não deveria pq quase tudo que não presta no mundo vem dos americanos. É impressionante.

Vale a pena a leitura.

Nota: O termo eugenia – bem nascido – foi cunhado em 1883 pelo antropologista e matemático britânico Francis Galton (1822 – 1911), que definiu o termo como melhoramento genético, ou "o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente." Galton também foi pioneiro nos estudos sobre identificação individual por meio das digitais humanas. Influenciado pela teoria da seleção natural de seu primo Charles Darwin, Galton formulou a Teoria da Eugenia, em que discorria sobre o aperfeiçoamento da espécie humana através do cruzamento geneticamente forçado. As ideias eugênicas de aperfeiçoamento racial foram levadas ao extremo pelo regime nazista de Adolf Hitler.


Edwin Black
Como a filantropia corporativa norte-americana lançou uma campanha nacional de limpeza étnica nos Estados Unidos, ajudou a fundar e financiar a eugenia nazista de Hitler e Mengele – e, em seguida, criou o movimento moderno de "genética humana".

Nas três primeiras décadas do século 20, a filantropia corporativa americana, combinada com a fraude acadêmica de prestígio para criar a pseudociência da eugenia, institucionalizou a política racial como política nacional. O objetivo: criar uma superior, nórdica, raça branca, e destruir a viabilidade de todas as outras.
Como? Ao identificar o chamado "defeito" nas árvores de família e submetê-las à segregação legal e programas de esterilização. As vítimas: os pobres, pessoas brancas de cabelos castanhos, afro-americanos, imigrantes, índios, judeus da Europa Oriental, enfermos e qualquer um realmente classificado como fora dos padrões de genética superior elaborados pelo raciologistas norte-americanos. Os principais culpados foram a Instituição Carnegie, a Fundação Rockefeller e a rica estrada de ferro Harriman, em aliança com os mais respeitados cientistas dos Estados Unidos vindos de universidades de prestígio tais como Harvard, Yale e Princeton, operando a partir de um complexo em Cold Spring Harbor, Long Island.
A rede eugênica trabalhou em conjunto com o Departamento de Agricultura dos EUA, o Departamento de Estado e vários órgãos governamentais estaduais e assembléias legislativas em todo o país, e até mesmo com o Supremo Tribunal de Justiça dos EUA.  Todos estavam empenhados na criação de uma raça eugenicamente superior, da mesma forma que engenheiros agrônomos traçam linhagens melhores de milho. O plano era eliminar a capacidade reprodutiva dos fracos e inferiores.
Finalmente, 60 mil norte-americanos foram coercitivamente esterilizados – legal e extra-legalmente. Muitos nunca descobriram a verdade por décadas. Aqueles que apoiaram ativamente a eugenia progressiva incluem as figuras mais progressivas da America: Woodrow Wilson, Margaret Sanger e Oliver Wendell Holmes.
As cruzadas eugênicas norte-americana proliferaram em uma campanha mundial, e em 1920 chamou a atenção de Adolf Hitler. Sob os nazistas, os princípios eugênicos foram aplicados irrestritamente, ficando fora de controle no infame genocídio do Reich. Durante os anos pré-guerra, os eugenistas norte-americanos apoiaram abertamente o programa da Alemanha. A Fundação Rockefeller financiou o Instituto Kaiser Guilherme e o trabalho dos seus principais cientistas raciais. Uma vez iniciada a Segunda Guerra Mundial, a eugenia nazista passou de esterilização em massa e eutanásia para assassinato genocida. Um dos médicos do Instituto Kaiser Guilherme no programa financiado pela Fundação Rockefeller era Josef Mengele, que continuou sua pesquisa em Auschwitz, fazendo relatórios diários sobre a eugenia em gêmeos. Depois que o mundo recuou ante as atrocidades nazistas, o movimento eugenista norte-americano – suas instituições e cientistas de renome – mudou de nome e foi reagrupado sob a bandeira de uma ciência esclarecida chamada genética humana.
Edwin Black é um autor premiado. Com um milhão de livros impressos, seu trabalho se concentra em genocídio e ódio, crime e corrupção corporativa, improbidade governamental, fraude acadêmica, abusos filantrópicos, dependência do petróleo, energia alternativa e investigação histórica.

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