De Renato Maurício Prado (via blog do Noblat):
Mestre, Feliz, Soneca, Atchim e Dengoso se danaram. Na lista de Dunga, deu Zangado na cabeça. O técnico ignorou solenemente os apelos de um país inteiro por Ganso e Neymar, os meninos-prodígios do Santos, e repetiu a insossa convocação do último amistoso, contra a Irlanda, optando por Grafite no lugar de Adriano — substituição que, aliás, já fizera, durante o amistoso.
O que mais me incomoda nesta escolha do técnico é a óbvia superposição de nomes que poderiam ser substituídos por jogadores mais talentosos, como os moleques travessos da Vila Belmiro. Um exemplo? Dou vários.
Os dois laterais-esquerdos, Gilberto e Michel Bastos, jogam no meio-campo em seus clubes. E também Daniel Alves pode ser utilizado por ali. Não dava pra tirar um dos apoiadores da lista?
O mesmo acontece em relação aos quatro volantes: Ramires, Elano e até Júlio Baptista já atuaram à frente da zaga. Não poderiam ser reservas eventuais do setor?
Em resumo, com tantos jogadores polivalentes e praticamente iguais, não seria muito mais produtivo abrir mão de dois deles para incorporar ao time o talento e o frescor desses garotos que estão gastando a bola e encantando o Brasil?
Dunga perdeu uma excepcional oportunidade de acrescentar à determinação do seu grupo, indiscutivelmente vencedor, algo que, apesar dos bons resultados, ele ainda não mostrou e pode fazer muita falta na Copa da África: doses maciças do mais puro talento do futebol brasileiro.
Os amantes da transpiração que me perdoem, mas inspiração continua a ser fundamental.
Leia a íntegra do artigo em: Zangado na cabeça
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