Na foto à direita, o candidato da Opus Dei - que está cedido por empréstimo aos tucanos - e à esquerda o seu correspondente em caráter no cartoon
Do Valor
Ana Paula Grabois e Vandson Lima, de São Paulo
06/07/2010
06/07/2010
Os dois candidatos a governador de São Paulo à frente na pesquisas, Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT), têm programas de governo antagônicos. Alckmin busca a continuidade das políticas no Estado administrado há 16 anos pelo PSDB. Mercadante faz críticas à gestão tucana, propõe políticas estaduais em sintonia fina com os programas do governo federal e tenta colar a sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O que Lula fez para o Brasil, Mercadante poderá fazer por São Paulo", diz o texto. Segundo o o programa de Mercadante, registrado ontem no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), elege como "prioridades absolutas" as áreas de educação, segurança, saúde, transporte e habitação.
Nas propostas tucanas, o sinal é de manutenção das políticas já adotadas, exceto na questão fiscal. Alckmin promete a desoneração tributária, iniciada quando foi governador (entre 2002 e 2006), mas estancada pelo sucessor e candidato a presidente José Serra (PSDB). Alckmin defende a redução dos tributos para aumentar a competitividade da indústria local. Na educação, o tucano propõe ampliar cursos de nível superior à distância, o horário integral na escola e a "valorização contínua" dos professores. Já Mercadante quer o fim do sistema de aprovação automática, a construção de escolas, cursos noturnos para adultos e a contratação de professores.
Na saúde, a ênfase petista é o aumento da parceria com os programas federais, como o Programa de Saúde da Família (PSF) e as Unidades de Pronto-Atendimento (Upas). O candidato do PSDB dá ênfase a parcerias entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e entidades filantrópicas. Alckmin quer aperfeiçoar o PSF, integrando o programa aos de transferência de renda.
Na segurança, o tucano promete a ampliação do número de delegados de polícia, a construção de mais presídios e o fim da carceragens em delegacias. Mercadante defende o aumento do salário dos policiais e a integração com o governo federal. O petista pretende ampliar a parceria com a Polícia Federal e a presença do Programa Nacional de Segurança e Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, no Estado. O programa do PT sugere a reconstrução do sistema prisional para a "retomada do controle dos presídios". Nos transportes, os dois candidatos prometem a ampliação do metrô e a construção do trem de Guarulhos. Alckmin defende ainda a construção de um terceiro terminal no Aeroporto Internacional.
candidato do PV, Fabio Feldmann, tem um programa dedicado à agenda ambiental, com a criação de uma economia de baixo carbono, criativa e da biodiversidade. Celso Russomanno, do PP, defende uma reforma administrativa que reduza o peso do Estado. Entre os concorrentes ao Palácio dos Bandeirantes, Paulo Skaf, candidato do PSB se declarou o mais rico, com patrimônio de R$ 10,8 milhões, valor que supera em dez vezes os de Alckmin, Feldmann e Russomanno e em 20 vezes o de Mercadante. O candidato ao Senado Orestes Quércia (PMDB) declarou patrimônio de R$ 117,4 milhões. Sua concorrente Marta Suplicy (PT) informou ter patrimônio de R$ 11,9 milhões.
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