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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Indio com tendências a bárbaro


Vereadora tucana do RJ conta quem é o vice de Serra.


Ana Carolina Caldas no blog Lado B
Indio escamoteia Orçamento 2007 dos cidadãos
O vereador Índio da Costa encarna à perfeição esse modelo de discurso democrático, prática autoritária. Em seu atual mandato, ele, ocupado com o exercício de secretaria municipal, poucas vezes foi trabalhar na Câmara para a qual foi eleito e quando foi, na presidência da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira, nunca se interessou em conhecer o Orçamento, limitando-se a seguir a orientação ditada pelo prefeito.
Pior, mostrou, no cargo, profundo desprezo pelo debate democrático, pela participação popular. Que, aliás, não é favor, mas obrigação imposta tanto pela Lei Orgânica do Município quanto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A Comissão de Orçamento, sob o comando de Índio da Costa, não só deixou de tomar a iniciativa de convocar a sociedade para discutir o que lhe diz respeito, como ainda impediu os representantes de organizações sociais que compareceram, de fazer perguntas aos secretários chamados para as audiências públicas.
Decidimos contar o que aconteceu durante as audiências, na expectativa de que, ante a onda de protestos, a Presidência se manifeste sobre a reconvocação dos secretários, para enfim, se conseguir uma efetiva discussão sobre os gastos da Prefeitura em 2006 e sobre o Orçamento para 2007. Na série original de audiências, entre 6 e 10 de novembro, usando recursos de todo tipo – manobras regimentais, gritos, corte de microfones – Índio da Costa, que não perde oportunidade, fora da Casa, para alardear compromisso com a transparência e a participação social, impediu que os dez secretários convocados respondessem a perguntas dos representantes de organizações sociais e dos próprios vereadores. Na discussão sobre o orçamento, procuramos saber quais os cidadãos que serão atendidos pelas políticas públicas, em que bairros,quais as prioridades para as próximas ações e quais as que deixaram de ser realizadas. Temas relevantes como as despesas sem a devida fiscalização para o Pan Americano, os gastos que não corrigem as deficiências das escolas e dos hospitais, entre outros,também passaram em branco.
Foi ignorado, inclusive, um exaustivo levantamento feito pela equipe de Andrea sobre como o dinheiro público foi aplicado, secretaria por secretaria. A cada questionamento, orquestrada por Índio, a bancada governista reagia com irritação e procurava tumultuar, enquanto os secretários inquiridos faziam-se de ofendidos, como se não tivessem de prestar contas de seus atos aos representantes dos cidadãos.
As manobras causaram indignação. Vinte e quatro vereadores assinaram ofício ao presidente, vereador Ivan Moreira, protestando contra a forma como Índio conduziu os trabalhos e como impediu a livre manifestação dos vereadores e da população. Os signatários foram Lucinha, Teresa Bergher, Sebastião Ferraz, Luiz Guaraná, Stepan Nercessian, Chiquinho Brazão, Argemiro Pimentel, Jorge Mauro, Rubens Andrade, Pastora Márcia Pereira, Jorge Felipe, Nereide Pedregal,dr. Carlos Eduardo, Cristiane Brasil, Theo Silva, Aspásia Camargo, Dionísio Lins, Carlos Bolsonaro, Eliomar Coelho, Rogério Bittar, Patrícia Amorim, Márcio Pacheco, Renato Moura e Edson Santos.
Em paralelo, encaminharam à Mesa Diretora moção de repúdio contra Índio, pela forma autoritária e ineficiente com que conduziu as audiências públicas de avaliação do PLOA 2007. Assinaram a moção, Andrea Gouvêa Vieira e seus colegas Brizola Neto, Dionísio Lins, Rogério Bittar, Argemiro Pimentel, Sebastião Ferraz, Lucinha e dr. Carlos Eduardo.
Sob a proteção de Índio e de seu colega da bancada governista Aloísio Freitas, acabou ganhando de presente da Comissão – contra o voto de Andrea (vogal)- parecer favorável para sua proposta orçamentária, sem qualquer proposição enriquecedora oriunda da população e de seus representantes.

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