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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Da série 'Faça o que eu digo'... Mesmo se revoltando contra pesquisas, marketing de Beto ainda usa institutos




A série de impugnações de pesquisas para a disputa pelo governo do Paraná vai provocar um cenário inédito na disputa eleitoral no Estado: desde a redemocratização do país, pela primeira vez, os eleitores paranaenses vão às urnas sem conhecer os números apontados pelos institutos de pesquisa. Os últimos números conhecidos são de setembro, quando as sondagens indicavam uma aproximação dos dois principais candidatos ao governo, Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB).

Na tarde desta sexta-feira, o Ibope ainda tentava reverter na Justiça Eleitoral a decisão de impedir a divulgação dos resultados. As impugnações foram pedidas pela coligação de Richa, que teoricamente seria o prejudicado pelos números, uma vez que a tendência estatística demonstrava uma queda do tucano contra uma ascensão do pedetista.

Boa parte do marketing eleitoral de Beto Richa era então baseado em números dos mesmos institutos. Na eleição para prefeito de Curitiba, em 2006, o então candidato à reeleição explorou em sua campanha eleitoral a larga vantagem que as pesquisas que atribuíam, que acabou sendo confirmada nas urnas. 
O PT, que concorria com Gleisi Hoffmann, chegou a contestar os números e a metodologia das pesquisas, mas não chegou a ingressar na Justiça para pedir a impugnação das sondagens.

Mesmo tendo contestado as últimas pesquisas, o site oficial do candidato tucano ainda estampava na capa, nesta sexta-feira, a última pesquisa Ibope liberada, divulgada no início de setembro, que lhe atribuía uma vantagem de nove pontos sobre Osmar Dias.

Na disputa de 2006, os institutos erraram inclusive na boca de urna, do segundo turno, quando apontavam uma vitória por seis pontos percentuais de diferença para Requião sobre Osmar e o resultado final revelou uma diferença em torno de 0,1%.

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