O Estado do Paraná
O debate entre a prefeitura de Curitiba e vereadores de oposição sobre a questão da fundação estatal de direto privado para gerir o Hospital do Idoso Zilda Arns, com previsão de inauguração em março do ano que vem, continua.
Ontem, a secretária municipal da saúde, Elaine Chomatas, foi até a Câmara de Vereadores explicar o processo da fundação estatal. A bancada opositora, liderada pela Professora Josete (PT), defende que a ideia iria precarizar o sistema de saúde.
O hospital está sendo construído no bairro Pinheirinho, próximo ao terminal de ônibus. A área total é de 9,5 mil metros quadrados a oferta de leitos para a população da capital em 141 unidades, sendo dez para a terapia intensiva e 14 para a semi-intensiva.
De acordo com a secretária, o fundo estatal vai tornar a administração do espaço mais ágil, criando mecanismos legais para facilitar a contratação de profissionais e para compra de materiais.
"Queremos mostrar que isso é viável. Outros lugares do Brasil já adotam esta medida com sucesso. Teremos mais agilidade na hora de tomar decisões e vamos garantir que o atendimento seja dedicado 100% para o Sistema Único de Saúde (SUS)", afirma.
Chomatas conta ainda que a reunião foi tranquila e acredita que os vereadores deverão aprovar a mensagem enviada pelo prefeito Luciano Ducci. "Nós derrubamos alguns mitos em torno de se criar a fundação estatal de direito privado. Isso não vai terceirizar a administração do hospital", avalia.
A vereadora Professora Josete, porém, mantém sua postura contrária à criação deste fundo estatal. Ela acredita que isso poderia piorar o atendimento ao público.
"Iria gerar uma contratação diferenciada, com funcionários celetistas. Para termos um quadro completo teria que ser concurso público, o que geraria melhores condições para dar atendimento de qualidade", explica. "A partir do momento que a secretaria abre mão desse espaço, como desculpa de maior agilidade nos processos, parece que assume posição de que o serviço público não tem competência", afirma.
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