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sábado, 13 de novembro de 2010

PSDB pensa em Serra para a Secretaria de Saúde em São Paulo


por Alberto Bombig, via Revista Época (via blog do Esmael)

Diante da dificuldade do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em encontrar um nome para assumir a pasta da Saúde no Estado a partir de 1º de janeiro do ano que vem, surgiu uma ideia entre os tucanos paulistas: guardar a vaga para José Serra.
Se a estratégia der certo, o candidato derrotado do PSDB a presidente, ex-ministro da Saúde da gestão Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto (1995-2002), poderá assumir o posto somente no final do primeiro semestre do ano que vem para, então, começar a trabalhar sua candidatura à prefeitura de São Paulo ou para permanecer no cargo até 2014, quando terá a opção eleitoral de concorrer ao Senado, à Presidência ou até mesmo ao governo paulista, a depender do xadrez político e eleitoral de seu partido.
A missão de esquentar a cadeira para Serra à frente da secretaria da Saúde caberia a Nilson Ferraz Paschoa, que era o adjunto de Luiz Roberto Barradas Barata, morto em julho deste ano, e atualmente no comando da pasta. Serra está em férias na Europa e ainda não foi consultado sobre a ideia, tratada sob sigilo absoluto no PSDB-SP para não “melindrar” o ex-governador e candidato derrotado à Presidência.
Segundo um dos arquitetos da estratégia, que conta com o aval de Alckmin, o primeiro semestre do ano que vem seria o prazo ideal para Serra “esfriar a cabeça, elaborar o revés nas urnas e aceitar trabalhar pelo PSDB e pelo povo paulista”. No início de 2009, Serra, então à frente do Estado, convidou Alckmin, derrotado na disputa pela prefeitura de São Paulo, para assumir a Secretaria de Desenvolvimento, pasta que o governador eleito comandou até março deste ano.
De acordo com um amigo do ex-governador, se Serra for consultado, ele deverá indicar o médico Renilson Rehem de Souza, que também foi adjunto de Barradas Barata na secretaria e trabalhou com o próprio Serra na gestão FHC, quando coordenou o programa de Atenção à Saúde.
Até agora, Alckmin não tem um nome para assumir a Saúde, área prioritária de qualquer governo. A primeira opção do governador eleito era o prefeito de Piracicaba (SP), Barjas Negri, ex-auxiliar de Serra no Ministério da Saúde, mas a ideia foi colocada de lado porque o nome dele foi citado no escândalo dos sanguessugas, em 2006.
Conforme o diagnóstico da equipe de transição de Alckmin, os maiores problemas a serem enfrentados na Saúde em São Paulo serão de gestão e aplicação de recursos. O governador eleito é contra a recriação da CPMF, o imposto do cheque que ajudava a custear o setor, mas admite que os recursos para o custeio do sistema paulista serão escassos. Serra, economista, ex-ministro do Planejamento, ex-prefeito e ex-governador, seria o gestor ideal para a área, na visão dos tucanos paulistas. O Orçamento geral do Estado para 2011 é de 141 milhões.
Consultado por ÉPOCA, um fiel colaborador de Serra disse ver poucas possibilidades de ele aceitar a proposta, caso ela venha a ser formulada, mas ressaltou que o ex-governador tem “especial carinho pela área da Saúde e entende que trabalhar pelo povo é uma missão” na vida dele.

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