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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

De novo a Saúde moeda de troca?

Na semana passada, Dilma desautorizou o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB, foto), depois que ele anunciou Sérgio Côrtes, seu secretário estadual, para ministro da Saúde. Cabral acabou por pedir desculpas a Dilma e disse que havia se precipitado. Na prática, Côrtes foi barrado porque as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado não aprovaram a indicação. Mas, agora, peemedebista podem perder a pasta, que tem o maior orçamento da Esplanada, com R$ 73 bilhões para 2011.
Saúde indo embora...
A presidente eleita Dilma Rousseff examina o nome do sanitarista Gonzalo Vecina Neto para comandar o Ministério da Saúde. Ele é superintendente corporativo do Hospital Síro-Libanês e foi secretário de Saúde da prefeitura de São Paulo na gestão de Marta Suplicy, entre 2003 e 2004. Dilma já avisou aos aliados que o indicado para a Saúde sairá de sua cota pessoal. Ou seja, ela pretende escolher um nome de peso na área médica, sem levar em conta vínculos com o PMDB, que hoje controla o ministério.
Revolta
Em troca da perda do Ministério da Saúde, Dilma teria oferecido ao PMDB a Secretaria de Assuntos Estratégicos, que tem status ministerial. Mas a proposta revoltou os peemedebistas, que não consideram a pasta como um ministério. O partido insiste em ter cinco ministros, excluindo Nelson Jobim (Defesa). Jobim, embora, peemedebista, é considerado cota pessoal da presidente.

COMENTÁRIO: De novo a Saúde sendo tratada como moeda de troca. É de doer... Alguém aí sabe, dentre todas as políticas públicas, qual é a única que está definida na Constituição como sendo "de relevância pública"?


É a Saúde. 


Evidentemente está assim na CF não por conta do orçamento da pasta, mas sim por conta de sua relevância social.


Aliás, a matéria está parcialmente equivocada. O orçamento da Saúde não é o maior da Esplanada. O maior orçamento da Esplanada é o da Previdência. Acontece que o orçamento da Previdência é todo 'carimbado'. 


O da Saúde não. 


A Saúde tem o maior poder de compra/investimento de todos os ministérios. Não tenho os dados atualizados, mas esta posição deve continuar mesmo com o PAC bombando grana nos Transportes e nas Cidades.


Além disso, a rede do SUS tem uma capilaridade extrema, com uma legião de trabalhadores e profissionais de saúde.


Coisa para peemedebista nenhum que se preze botar defeito.


Pois é, então...

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