A deputada gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB) será a presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias no ano de 2011.
Apenas uma hecatombe política — muito improvável no cenário atual — mudará esse quadro.
Será a primeira vez que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias será presidida pelo PCdoB, legenda que teve alguns dos seus principais líderes assassinados pela ditadura militar. Junto com a Comissão de Legislação Participativa, a CDHM é a principal ponte de diálogo entre os movimentos sociais e o Congresso Nacional.
Manuela é jornalista e domina diversos temas caros ao campo dos direitos humanos: mulheres, juventude, comunicação, cultura, entre outros. Ela é a atual coordenadora da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT.
Apesar de jovem — torna-se balzaquiana no dia 18 de agosto —, foi a deputada mais votada do Rio Grande do Sul, com 482.590 votos, bem mais do que o dobro do segundo colocado, o veterano Beto Albuquerque (PSB), que foi o escolhido por 200.476 eleitores.
A indicação atesta a condição de Manuela como um dos principais quadros nacionais do PCdoB, que possui vários deputados e deputadas bem mais experientes, mas optou por reforçar (e apostar) no potencial da parlamentar, visando e pavimentando o caminho para voos mais altos no futuro.
Num ano em que os caminhos do Brasil serão conduzidos por uma mulher, pela primeira vez em sua história, a decisão do PCdoB é muito acertada.
De qualquer forma, a eleição formal da presidência e dos três vice-presidentes deve ocorrer na próxima semana ou logo depois do carnaval.
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