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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Prefeitos da Baixada Fluminense e secretário de Saúde articulam plano integrado para a região

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, reuniu-se hoje (28) com representantes das 11 prefeituras da Baixada Fluminense com o intuito de articular um plano integrado de saúde para a região.

Segundo Côrtes, uma das iniciativas é padronizar a forma de contratação de médicos nas unidades de urgência e emergência, com o auxílio do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf). "Assim, você passa a uniformizar salários e a forma de cobrança desses profissionais."

Outra prioridade é a melhoria da atenção básica na região. "Temos alguns municípios que teoricamente possuem uma cobertura [Saúde da Família] alta, mas não adequada, por isso queremos que todos os prefeitos se comprometam com a garantia de acesso a medicamentos, a exames e também com o aumento da cobertura. Para isso, o estado vai aumentar o cofinanciamento já dado pelo Ministério da Saúde", disse o secretário.

Outro compromisso das prefeituras da Baixada com o governo do estado é a garantia das sete consultas de pré-natal para gestantes. O secretário anunciou também a construção de maternidades. A primeira delas, em Mesquita, ainda não tem data para abrir. Outras maternidades devem ser construídas em Itaguaí e em Caxias. "Nilópolis e Duque de Caxias também receberão recursos do estado para reformem e construam maternidades."

O último ponto discutido foi o combate à dengue. Ficou acordado que cada município terá um Centro de Referência para a Dengue com locais para exames laboratoriais e hidratação. O estado doará poltronas e insumos para a criação da rede de referência para dengue.

Apesar do aumento do número de notificações de casos de dengue no estado do Rio no último ano, apenas o município de Bom Jesus de Itabapuana apresenta situação de epidemia (com mais de mil casos de dengue neste ano). Um Centro de Referência para Dengue foi criado na região para tentar reverter o quadro epidêmico e cuidar dos infectados. "Fiz um apelo a todos os prefeitos que façam cumprir a obrigatoriedade da notificação dos casos com sintomas clássicos de dengue. É fundamental essa notificação para o estado e para o Ministério da Saúde para a tomada de decisão."

Côrtes explicou que o índice de infestação está menor do que nos anos anteriores, mas, devido ao retorno do vírus do tipo 1, o número de casos pode aumentar por causa da grande quantidade de pessoas suscetíveis. O número de casos notificados de dengue na região metropolitana do Rio de Janeiro aumentou mais de 1.000% nos dois meses do ano, em comparação a igual período de 2010. Cerca de 5,6 mil casos foram identificados em janeiro e fevereiro deste ano contra 539 nos mesmos meses de 2010.

Uma nova reunião entre os prefeitos e o secretário está agendada para daqui a um mês.

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