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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um olhar corsário: Retrato do setor de saúde no Brasil

Burocracia das agências reguladoras e corrupção são considerados entraves que mais
comprometem a competitividade do setor no País


Uma pesquisa quantitativa realizada com executivos de empresas associadas à Amcham - Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos aponta que o setor não está muito confiante na posição do novo governo no que se refere à saúde. Dos 107 entrevistados, 59% não acreditam que haverá mudanças no segmento.


Burocracia das agências reguladoras, corrupção e falta de coordenação entre União, Estados e municípios na atenção a saúde foram considerados os três entraves do setor de saúde que mais comprometem a competitividade brasileira. Por outro lado, os entrevistados consideram a melhoria da eficiência dos órgãos reguladores, a da gestão do orçamento do governo já existente, e o estabelecimento de mais parcerias público-privadas para agilizar e melhorar o setor os três principais aspectos que podem impulsionar a competitividade do setor.  

A pesquisa mostra ainda que 86% acreditam que há espaço para crescimento da representatividade do segmento no Brasil. Quando o assunto é turismo de saúde, 72% apostam no desenvolvimento deste negócio, sendo que 38% percebem que este é um mercado potencial que vai muito além da medicina estética.

O estudo teve como base levantar as perspectivas e tendências do setor de saúde no Brasil.

COMENTÁRIO: 

"O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil"

Se tem algum setor do comportamento, da cultura, da economia e das políticas públicas em que o obsoleto "ditado" dos  anos 50/60 e dos tempos da Ditadura não tem lugar, este setor é a Saúde.
Quando falamos de Saúde aqui no Brasil, estamos falando de Direitos Fundamentais, de Políticas Públicas, de Dever do Estado.
Os americanos - por sua vez - espicham seus olhos gordos, encaram nosso gigantesco "mercado" para produtos, medicamentos e equipamentos de saúde e despacham para cá os seus "mariners" de gravata e laptop. Corsários dos tempos modernos.
Enfiam goela abaixo alguns (muitos) bilhões de dólares de produtos. Quer precisemos ou não. 
Exatamente ao contrário do que manda a boa política pública, pura indução da demanda pela oferta. 
Não nos serve. Não nos interessa. Não nos termos dos modernos corsários.

NOTA: Estamos falando de pouco mais de 190 milhões de habitantes que gastam por ano (entre público e privado) perto de R$ 200 BILHÕES!!! 
E mais: com um potencial exponencial de crescimento anual do consumo de equipamentos e serviços de saúde que supera qualquer outra nação do mundo.
EX: Já somos (quer precisemos ou não) o segundo maior consumidor mundial de Viagra...

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