Burocracia das agências reguladoras e corrupção são considerados entraves que mais comprometem a competitividade do setor no País | |
Uma pesquisa quantitativa realizada com executivos de empresas associadas à Amcham - Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos aponta que o setor não está muito confiante na posição do novo governo no que se refere à saúde. Dos 107 entrevistados, 59% não acreditam que haverá mudanças no segmento. Burocracia das agências reguladoras, corrupção e falta de coordenação entre União, Estados e municípios na atenção a saúde foram considerados os três entraves do setor de saúde que mais comprometem a competitividade brasileira. Por outro lado, os entrevistados consideram a melhoria da eficiência dos órgãos reguladores, a da gestão do orçamento do governo já existente, e o estabelecimento de mais parcerias público-privadas para agilizar e melhorar o setor os três principais aspectos que podem impulsionar a competitividade do setor. A pesquisa mostra ainda que 86% acreditam que há espaço para crescimento da representatividade do segmento no Brasil. Quando o assunto é turismo de saúde, 72% apostam no desenvolvimento deste negócio, sendo que 38% percebem que este é um mercado potencial que vai muito além da medicina estética. O estudo teve como base levantar as perspectivas e tendências do setor de saúde no Brasil. COMENTÁRIO: "O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil" Se tem algum setor do comportamento, da cultura, da economia e das políticas públicas em que o obsoleto "ditado" dos anos 50/60 e dos tempos da Ditadura não tem lugar, este setor é a Saúde. Quando falamos de Saúde aqui no Brasil, estamos falando de Direitos Fundamentais, de Políticas Públicas, de Dever do Estado. Os americanos - por sua vez - espicham seus olhos gordos, encaram nosso gigantesco "mercado" para produtos, medicamentos e equipamentos de saúde e despacham para cá os seus "mariners" de gravata e laptop. Corsários dos tempos modernos. Enfiam goela abaixo alguns (muitos) bilhões de dólares de produtos. Quer precisemos ou não. Exatamente ao contrário do que manda a boa política pública, pura indução da demanda pela oferta. Não nos serve. Não nos interessa. Não nos termos dos modernos corsários. NOTA: Estamos falando de pouco mais de 190 milhões de habitantes que gastam por ano (entre público e privado) perto de R$ 200 BILHÕES!!! E mais: com um potencial exponencial de crescimento anual do consumo de equipamentos e serviços de saúde que supera qualquer outra nação do mundo. EX: Já somos (quer precisemos ou não) o segundo maior consumidor mundial de Viagra... |
"O que tem fome e te rouba o último pedaço de pão, chama-o teu inimigo... Mas não saltas ao pescoço do teu ladrão que nunca teve fome." Bertolt Brecht
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