As trabalhadoras do campo pedem que o Banco realize menos empréstimos para latifundiários com finalidade da compra de agrotóxicos
São Paulo - Cerca de 300 mulheres trabalhadoras do campo se mobilizaram na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na região central do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (2). As camponesas ocuparam o prédio com o objetivo de protestar contra os efeitos negativos do uso do agrotóxico à saúde e ao meio ambiente.
A sede do BNDES foi escolhida por conta de investimentos e empréstimos do banco a grandes produtores rurais sem contrapartidas ambientais. Segundo nota do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), os recursos deveriam ser administrados de forma mais responsável. "(Os recursos) não podem ser utilizados sem critérios técnicos e legais e desrespeitando a legislação ambiental em vigor, em favor de uma irresponsável e destruidora expansão dos monocultivos", diz.
Procurada pela Rede Brasil Atual, a assessoria de comunicação do BNDES não comentou o protesto.
No decorrer do dia, estão programados atos políticos com a participação de movimentos sociais – como a Via Campesina Brasil, MST, Marcha Mundial de Mulheres e Movimento Nacional de Luta por Moradia – partidos políticos e entidades. Eles pedem ao BNDES que a condução de sua política seja modificada e que a verba que atualmente é investida em agrotóxicos seja revertida para educação, saúde, emprego, habitação e reforma agrária.
Na terça-feira (1º), aproximadamente de 800 mulheres integrantes da Via Campesina também ocuparam o pátio da Braskem, na cidade de Triunfo (RS). O protesto, na ocasião, foi contra a possibilidade do avanço da cana-de-açúcar como monocultura para produção de plástico verde, que seria prejudicial à natureza, segundo as camponesas. As mobilizações fazem parte da Jornada de Lutas das Mulheres, que realizam atos em todo o país em razão do mês internacional da mulher.
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