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quarta-feira, 2 de março de 2011

O DNA é WASP: Suprema Corte dos EUA autoriza igreja homofóbica a realizar protestos em funerais

no Opera Mundi

A Suprema Corte dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira (02/03) a favor de uma polêmica congregação religiosa que divulga mensagens homofóbicas com cartazes em funerais de soldados mortos nas guerras.

Trata-se da Igreja Batista Westboro, de Topeka, no Kansas, um grupo religioso que tem como slogan em seu site "Deus odeia os gays". O grupo ganhou notoriedade nos últimos anos pelos protestos realizados durante os enterros de soldados, cujas mortes são consideradas por seus adeptos como um castigo de Deus pela permissividade dos EUA com relação aos homossexuais.


Em seus protestos nos funerais, os adeptos da igreja exibem cartazes com frases como "Vá para o inferno" e "Deus odeia os EUA/Graças a Deus pelo 9/11", em referência aos ataques terroristas em setembro de 2001.


Os protestos dos membros da igreja de Topeka atraíram a atenção de todo o país e enfureceram as famílias dos soldados mortos, que recorreram à Justiça para detê-los.


No entanto, a Suprema Corte considerou que o direito destes extremistas de se reunir em frente aos funerais está protegido pela Constituição dos EUA.

Em uma sessão realizada nesta quarta-feira, oito de seus nove membros ratificaram a sentença de um tribunal de apelações que havia anulado a indenização de US$ 5 milhões ganha pelo pai de um soldado da Marinha morto no Iraque em 2006.


O juiz da Suprema Corte John Roberts assinalou que "o que (a congregação de) Westboro proclama, no contexto de como e onde elegeu expressar, tem direito à 'proteção especial' sob a Primeira Emenda (constitucional)".


Essa emenda, ratificada em 1791, estipula que "o Congresso não legislará em temas relacionados ao estabelecimento de uma religião ou à proibição do livre exercício da mesma; nem imporá obstáculos à liberdade de expressão e de imprensa; nem restringirá o direito do povo de se reunir pacificamente e para pedir ao governo a reparação de agravos".


Essa proteção, escreveu Roberts, "não pode ser anulada por um júri, mesmo que a demonstração seja ofensiva".

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