Os fabricantes de remédios de São Paulo se comprometeram hoje (03) a aumentar a contratação de trabalhadores com deficiência. O compromisso foi firmado por meio de um acordo com o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma), com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo (SRTE/SP) e com sindicatos de empregados do setor.
Pelo acordo, as empresas que aderirem ao pacto têm um ano para preencher as cotas de funcionários deficientes previstas na Lei 8213, de 1991. Essa lei determina que as empresas com 100 funcionários ou mais tenham, no mínimo, 2% de trabalhadores com deficiência no seu quadro de funcionários.
O acordo firmado nesta quinta-feira é o terceiro do tipo que o Sindusfarma assina. Desde 2006, quando a entidade fez seu primeiro pacto, o número de trabalhadores com deficiência no setor subiu de 170 para 1.450.
No entanto, o setor ainda precisa contratar mais 350 deficientes para atingir o que determina a lei. “É uma guerra para contratar essas pessoas. Às vezes você contrata, treina e elas acabam indo para outra empresa por alguns reais a mais”, disse o vice-presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, no evento de assinatura do pacto.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico, Antônio Silvan Oliveira, admite as dificuldades nas contratações, mas quer mais empenho das empresas. Ele disse ser favorável a acordos, pois acha que eles são mais eficazes que a fiscalização da SRTE. Disse também que as empresas precisam criar planos de inclusão para cumprirem as cotas. “A empresa que não tiver uma política de valorização perde o funcionário (o funcionário com deficiência). Aí fica mais difícil cumprir a lei”, disse Oliveira.
O gerente de fiscalização da SRTE/SP, Marco Antonio Belchior disse que o órgão vai acompanhar o cumprimento do acordo pelas empresas que aderirem ao pacto ou a lei de cotas para as demais. Disse também que espera que iniciativas como essa sejam levadas para todo o país.
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