Funcionário terceirizado ganha cargo de administrador do Hospital do Andaraí
Carla Rocha rocha@oglobo.com.br
Além de fornecer profissionais de apoio para hospitais do Rio, a Rufolo teve um de seus funcionários, que trabalhava como terceirizado no Hospital do Andaraí, promovido a gestor da unidade federal. Lotado como analista administrativo, através da empresa que é agora investigada, Berilo Jorge Lopes Silva virou coordenador administrativo, passando a ficar responsável, entre outras coisas, pelas compras daquela unidade. Ele foi nomeado em abril pelo próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como consta no Diário Oficial da Uinião.
Antes de chegar ao Andaraí, Berilo também havia trabalhado, como terceirizado da Rufolo, em 2008, no próprio Departamento de Gestão Hospitalar, no escritório do Ministério da Saúde no Rio. Segundo a assessoria do ministério no estado, em seguida, ele foi transferido para o Setor de Orçamento e Finanças do Hospital Federal do Andaraí, onde permaneceu como funcionário terceirizado até 31 de dezembro de 2010. No ano passado, quando assumiu a direção da unidade o médico Dásio Simões, Berilo foi chamado de volta para fazer parte da direção.
Motivo de exoneração não foi revelado
Ainda de acordo com nota do escritório do Ministério da Saúde no Rio, Berilo passou pouco tempo na função e acabou sendo dispensado "por não ter tido o desempenho profissional esperado". A exoneração do servidor, que tinha um cargo comissionado DAS, aconteceu em setembro de 2011. O motivo exato da dispensa dele não foi informado. O diretor do Hospital do Andaraí, Dásio Simões, não quis comentar o caso.
O [Núcleo do] Ministério da Saúde informa que, desde a entrada de Berilo, o Andaraí já não mantinha laços com a Rufollo, o que afastaria qualquer hipótese de tráfico de influência. (Comentário do Blog: UAHUAHUAH!!!) E os profissionais da empresa, que prestavam serviço ao hospital, eram contratados por intermédio do Instituto de Traumato-Ortopedia (Into), que concentrava os contratos para as unidades federais.
Segundo o site Transparência do Governo Federal, a Rufolo, a título de fornecimento de mão de obra, recebeu, em 2007, R$ 25,3 milhões repassados somente pelo Into, fora outras unidades hospitalares. Em 2008, os repasses para o Into, que concentrava a contratação de profissionais para outras unidades, chegaram a R$ 27,4 milhões. Em 2009, o Into pagou à Rufolo R$ 33,8 milhões. Em 2010, 34,6 milhões. E, no ano passado, mesmo proibido de contratar pessoal de nível superior terceirizado por ordem do Tribunal de Contas da União, as depesas do Ministério da Saúde com a Rufolo apenas em repasses para o Into foram de R$ 16,1 milhões.
Lentidão em obras prejudica atendimento de emergências
Ontem, o vereador Paulo Pinheiro e o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, constataram as más condições em que se encontra o Hospital do Andaraí. Uma série de obras iniciadas não foram concluídas. Os transtornos atingem, principalmente, uma área essencial da unidade: a emergência. Com as reformas, os pacientes se amontoam em uma área improvisada para receber atendimento.
- Por causa das obras, eles improvisaram uma emergência num espaço muito reduzido comparado ao que atendia os pacientes anteriormente. Com isso, há uma superlotação até com doentes graves, em respiradores, que deveriam estar no CTI. A morosidade das reformas estão interferindo na qualidade do atendimento, que está sendo precária e comprometendo a dignidade dos pacientes.
No escândalo sobre o pagamento de propina para o Hospital de Pediatria Matargão Gesteira da UFRJ, denunciado pelo Fantástico da TV Globo, o dono da Rufolo, Rufolo Vilar, diz, num vídeo, que negociava contratos mediante o pagamento de 10% do valor. Nas gravações, ele estava acompanhado de uma funcionária de sua empresa, Renata Cavas, que afirmou que o grupo estava em várias unidades federais, citando Into e hospitais Cardoso Fontes, da Lagoa, de Ipanema e Andaraí.
Comentário: Conto da Carochinha: "O (Núcleo) do Ministério da Saúde informa que, desde a entrada de Berilo, o Andaraí já não mantinha laços com a Rufollo, o que afastaria qualquer hipótese de tráfico de influência."
Seria o equivalente a afirmar que: "Como o Lobo Mau não mantém mais vínculo formal com o Sindicato dos Vilões dos Contos da Carochinha - SVCC - então a Chapeuzinho Vermelho poderá circular pela floresta sem ser assediada e a Vovó poderá dormir tranquila". Outrossim, acabamos de contratar a Dona Raposa para cuidar do nosso galinheiro.
A empresa Rufollo não presta mais serviços aos hospitais federais do rio desde novembro de 2011 quando foi substituída pela empresa Lapa, desde então ela não pagou DECIMO TERCEIRO DE 2011 E AINDA NÃO PAGOU RESCISÃO DE NENHUM DOS QUASE 600 FUNCIONÁRIOS QUE TRABALHARAM NESTES HOSPITAIS.
ResponderExcluirFUNCIONÁRIOS QUE PRESTAVAM SERVIÇOS NOS HOSPITAIS DO HOSPITAL DO ANDARAÍ E HOSPITAL CARDOSO FONTES AINDA NÃO RECEBERAM RESCISÃO E A EMPRESA ALEGA QUE NÃO TEM PREVISÃO DE PAGAMENTO..
MAS PRA DAR PROPINA ELES TEM DINHEIRO...
ISSO É UMA VERGONHA!!!
Sou um dos varios funcionarios, que prestou servico a empresa rufollo e estou ate os dias de hoje sem a recisao, e com a carteira assinada como se estivesse trabalhando pra eles sem ao menos estar, e com dificuldades devido ela ter saido sem fazer nenhum barulho, digo repassar a carta de aviso, estamos prestando servico a outra empresa porem nao sabemos, se amanha iremos passar pela mesma situacao, pois estamos novamente aguardando nova licitacao e estamos a 6 meses que a empresa rufollo, continua se escondendo, talves se demorar muito teremos que reinvindicar nossos direitos no camarote particular dele na sapucai, pois nao temos noticia de ninguem ate o momento, correndo para resolver nossa lei trabalhista, um obrigado por vcs estarem conseguindo transpor eles por essa vergonha, mais sabemos que sera mais facil eles decretarem falencia e disputar licitacoes com outra razao social, infelismente breve veremos a familia rufollo reinar com outro nome na area da saude, aguardem...
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