Estive dando uma olhada no clipping "Saúde na Mídia" publicado pelo MS. Um grupo de notícias em especial chamou a minha atenção: A quase unanimidade da "grande imprensa" na condenação da medida da ANVISA que determina que cigarros aromatizados e saborizados serão banidos do Brasil dentro de dois anos.
Os argumentos são quase todos de ordem "econômica":
"Indústria 'X' investiu R$ 60 milhões em uma fábrica e agora vai fechar."
"Indústria 'Y' pagou R$ 400 milhões em impostos.
(Como se o que estivesse em jogo fosse apenas e tão somente a geração de divisas. Se assim fosse, deveríamos partir para a ampla legalização do consumo de drogas e cobrar impostos de toda a cadeia produtiva)
Ou então - como na manchete da Folha - de ordem "democrática".
"Sabor autoritário."
(Como se o "mercado" tivesse ética - ou escrúpulos - suficientes para se autorregular e passar a cuidar sozinho da saúde dos consumidores.)
Fosse assim, estaríamos ainda permitindo a comercialização de produtos a base de formol, arsênico, mercúrio, corantes e adoçantes cancerígenos só para fugir da pecha de autoritarismo.
A indústria do fumo já demonstrou cabalmente - em todo o mundo - que está pouco se lixando para as questões éticas. Agem como verdadeiros gangsters.
Vão apelar... e o PIG, bem ao seu "estilo PIG de ser", vai lhes dar guarida.
Fiquemos ao lado da ANVISA.
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