Páginas

terça-feira, 13 de março de 2012

DNA Tucano: "Para ser cidadão em SP tem que pagar!”

Maria Cecília Sampaio que dirige a Habinorte afirma: "para ser cidadão em SP tem que pagar!"

Escandalosamente sinceras as afirmações da dirigente da Habinorte da Prefeitura de São Paulo: se você é pobre, vire-se, você não pode viver em São Paulo, não tem este direito.

É uma política higienista explícita, sem retoques, sem frescuras. Não se pode acusar Kassab e sua equipe de não serem abertos em seus propósitos de eliminar os pobres de São Paulo.

Ouça com seus próprios tímpanos a declaração da agente pública que deveria ao menos ter sensibilidade com os mais pobres e buscar atender o princípio constitucional de direito à moradia.

'Pra ser cidadão em São Paulo, tem que pagar', diz diretora de Habitação da prefeitura

Por: Redação da Rede Brasil Atual

Publicado em 13/03/2012, 11:10

São Paulo – Para a diretora da secretaria municipal de Habitação de São Paulo, Maria Cecília Sampaio, para ser cidadão na capital paulista, é preciso pagar. Ela dirige a Habinorte, uma das regionais daquela secretaria, e deu as declarações durante reunião de trabalho com moradores da Favela do Coruja, na Zona Norte da capital paulista.

"Pra morar nesta cidade, pra ser cidadão em São Paulo, que é a terceira maior cidade do mundo, tem que trabalhar, tem que ter um custo e tem que ter condição de pagar. É o preço que se paga pra morar numa cidade como essa. Quem não tem renda a gente pretende começar um processo de desapropriação."

Em sua fala, Maria Cecília ainda "aconselha" os pobres que a ouviam a procurar cidades menores "para poder aguentar."

A reunião com a representante do prefeito Gilberto Kassab (PSD) teve a presença de cerca de 25 moradores do Coruja e aconteceu na subprefeitura da Vila Maria e da Vila Guilherme, bairros da zona norte da cidade. No encontro também estava o chefe do gabinete da subprefeitura Josué Filemom.

Em fevereiro, um incêndio atingiu a comunidade e deixou mais de 60 famílias desabrigadas. A prefeitura decidiu, porém, que outras 40 famílias também terão de deixar o local, apesar de não terem tido suas casas atingidas pelo fogo.

Hoje (13), o promotor de habitação do Ministério Público Estadual Maurício Lopes se encontra com para discutir representantes da secretaria paulistana de habitação para discutir o futuro das famílias daquela comunidade.

A prefeitura ofereceu aos moradores inscrição no programa Parceria Social – um auxílio-aluguel de R$ 300 e afirma que estuda um projeto habitacional para a comunidade.

Ouça a diretora de habitação de São Paulo durante exposição da política de moradia da prefeitura: aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário