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terça-feira, 20 de março de 2012

Para Serra, promessa feita em 2004 era apenas ‘um papelzinho’

Tucano assinou texto durante a campanha, mas nega que tenha havido quebra de compromisso




SÃO PAULO - Em campanha para tentar voltar à Prefeitura de São Paulo, o tucano José Serra negou que tenha quebrado um compromisso com seus eleitores ao abandonar o cargo em 2006 para disputar o governo do Estado e disse que o documento que assinou para prometer que cumpriria o mandato era “um papelzinho”.


“Primeiro, eu não assinei nada em cartório. Isso é folclore”, disse Serra em entrevista à rádio Capital, nesta segunda-feira, 19. “Houve um debate, uma entrevista. O pessoal perguntou: ‘Se o senhor for eleito prefeito vai sair para se candidatar à Presidência?’ Eu disse que não. ‘Então assina aqui.’ Eu assinei um papelzinho. Não era nada... Eu estava dizendo a absoluta verdade”, complementou.
Em setembro de 2004, quando disputava a Prefeitura, Serra assinou um documento durante sabatina do jornal Folha de S. Pauloem que se comprometia a “cumprir os quatro anos de mandato na íntegra, sem renunciar à Prefeitura para me candidatar a nenhum outro cargo eletivo”.
Em 2006, ele interrompeu seu mandato para concorrer ao governo do Estado e foi eleito.
A saída de Serra da Prefeitura tem sido criticada com frequência por um de seus principais rivais na pré-campanha, o petista Fernando Haddad. O ex-governador evitava responder às provocações, mas nesta segunda afirmou que espera “que os adversários tenham algo mais a dizer”.
“Se forem fazer campanha só na base de que o Serra vai sair se for eleito, é muito pouca coisa para a nossa cidade”, rebateu.
O ex-governador disse que havia programado a viagem ao Acre, no último sábado, antes de ter decidido disputar a Prefeitura. “Eu tinha me comprometido. São essas coisas da vida. Eu cumpro a minha palavra”, afirmou.
Apoio de Alckmin. Depois de ter declarado oficialmente seu voto em Serra no sábado, o governador Geraldo Alckmin deve se manter afastado de eventos públicos da pré-campanha do PSDB. Aliados de Serra já acreditam que não será necessário que o governador suba no palanque para fortalecer a candidatura.
Os serristas agora trabalham para receber o apoio formal do secretário de Planejamento de Alckmin e presidente municipal da sigla, Julio Semeghini, que está em licença médica. A ideia é que ele participe de um evento de campanha na zona sul, seu reduto eleitoral e foco de dificuldades da campanha de Serra.
Começou a ser feita hoje uma série de ligações de telemarketing em que uma gravação de Serra pede votos a filiados do PSDB. O próprio ex-governador passou a telefonar para líderes dos diretórios zonais do partido que ainda resistem a apoiá-lo.
Comentário: Que tal rever todas as privatizações e o dinheiro doado aos banqueiros pelo PROER durante a "jestão" do tucanato?
Afinal, era tudo baseado em papeizinhos assinados por tucanos... E assinatura/palavra de tucano não vale nada né?

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