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segunda-feira, 14 de maio de 2012

A nova enfermagem e a renovação das competências

A complexidade tecnológica, não só aquela dos equipamentos, mas também a de processos, de gestão e de programas de certificação, exigem uma mudança de postura rápida e direcionada



Acredito que seja sempre uma oportunidade de reflexão. Tantas e novas demandas têm sido apresentadas aos profissionais no exercício de suas funções, que talvez não haja tempo para responder de forma efetiva a essa realidade. Essas demandas trazem consigo uma questão fundamental que está na capacidade de se desenvolver competências cada vez mais elaboradas e específicas.
Metodologias e métodos de trabalho, de gestão ou de atuação têm sido colocados como novos desafios para os profissionais. Iso, Lean, Seis Sigma, Acreditação Nacional e Internacional entre outros, são exemplos. Essas novas tecnologias, ao mesmo tempo em que dão a oportunidade de absorver novos conhecimentos, apresentam diferentes exigências e perspectivas de qualificação no campo profissional. Conceitos como gestão de processos, de qualidade e de segurança devem ser incorporados como parte da conduta e prática profissional como requerimentos cada vez mais refinados no cuidado que é diuturnamente prestado aos pacientes nas instituições de saúde.
Como a equipe de enfermagem, sem sombra de dúvida, é a parte mais presente e integradora da equipe multidisciplinar, devemos considerar que essa responsabilidade na aplicação correta e mais atual do conhecimento técnico e científico, se torna ainda mais relevante. A confiança dos demais profissionais se constituirá no quanto a equipe de enfermagem é suficientemente capaz de responder ao cuidado e gestão de processos seguros, efetivos e eficazes.
Dessa forma, entendo que devemos nos inspirar na importância e relevância do trabalho da equipe de enfermagem para buscar renovar suas competências. As instituições de saúde não procuram mais e apenas por profissionais com conhecimento estrito, mas sim com conhecimentos diversificados e qualificados.
A complexidade tecnológica, não só aquela dos equipamentos, mas também a de processos, de gestão e de programas de certificação, assim como a complexidade da assistência cada vez mais especializada, exigem uma mudança de postura rápida e direcionada dos profissionais.
Devemos começar pela formação básica. A cultura e experiência da academia devem se aproximar ou se “infiltrar” de forma efetiva na nova realidade prática das instituições da atualidade. Não podemos continuar a formar profissionais com base no passado, mas sim com base no presente e no futuro que já pode ser vislumbrado. Profissionais de ensino, de educação e de formação técnica e de nível superior devem ser os primeiros a construir essa necessidade de renovação. A inspiração deve vir da lógica do que os serviços de recursos humanos e gestores de enfermagem agora exigem muitos mais conhecimentos para compor as credenciais dos profissionais para atuar em seus serviços ou instituições de ponta. Isso também configura uma real oportunidade de melhor e mais consistente remuneração das atividades profissionais, a partir da obtenção de melhores resultados, que são definidos e avaliados a partir de metas e objetivos estabelecidos pelas instituições.
Portanto, devemos exortar a RENOVAÇÃO, acreditando que sempre devemos nos INSPIRAR nas novas, possíveis e necessárias competências que, se bem constituídas, irão, a cada ano, tornar o dia 12 de Maio a verdadeira celebração de uma NOVA E VIBRANTE ENFERMAGEM!!

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